Câmara de Lisboa insiste em ter um representante na nova Mesa da Santa Casa
O presidente da Câmara de Lisboa insistiu hoje na nomeação de um representante da autarquia para a nova Mesa da Santa Casa, para que ambas as instituições possam voltar a coordenar políticas na área da ação social.
Carlos Moedas disse ainda desejar “o melhor” ao provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) escolhido pelo novo Governo, o economista Paulo Alexandre Sousa, e salientou que espera poder “recomeçar” a parceria entre a Câmara e a SCML na área social, “que nos últimos anos tem sido difícil”.
“É bom que se saiba que [em Lisboa] a Segurança Social delega o poder da ação social na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Mas nós também aí complementamos com a Câmara Municipal com todo o investimento que fazemos na área social”, disse, salientando que este investimento da autarquia tem de ser coordenado com o Estado central.
Carlos Moedas tem afirmado que a CML precisa de mais ajuda da SCML e realçado, ainda, que nos últimos anos não tem existido coordenação, “infelizmente”, entre a autarquia e a Santa Casa, porque “houve uma decisão do Governo Central” de António Costa em não incluir um membro da Câmara Municipal na Mesa.
“Eu, como presidente da Câmara, exijo a este Governo aquilo que exigi ao Governo anterior. Não há qualquer diferença. Eu exigi ao anterior Governo que a Câmara Municipal estivesse representada com um administrador executivo da SCML. (…) Espero poder indicar alguém que seja uma pessoa que faça a articulação com a Câmara de Lisboa, que é um administrador executivo que esteja na Santa Casa. É isso que eu peço ao Governo”, salientou.
O autarca relembrou que Lisboa tem um Plano Municipal para as Pessoas em Situação de Sem-Abrigo, que prevê investimentos na ordem dos 70 milhões de euros em sete anos para combater esta realidade, que tem piorado nos últimos anos. No entanto, salientou que precisa da SCML para que sejam dadas respostas em conjunto a este problema.
Lisboa conta atualmente com cerca de 3.000 pessoas em situação de sem-abrigo, sendo que 300 deles estão efetivamente na rua, sem teto, “um número que aumentou depois da covid-19”.
RCS // MAD
By Impala News / Lusa
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