CDU defende mais apoios à agricultura e condena “ditadura da distribuição”
O secretário-geral do PCP defendeu hoje, em Santarém, a atribuição de mais apoios à produção agrícola, criticando as opções da Política Agrícola Comum e a “ditadura da grande distribuição” identificada nos grupos Jerónimo Martins e Sonae.
“Que se invista na agricultura e nos agricultores e não no agronegócio. Que se acabe com o escândalo do apoio da PAC, canalizado para as mãos de grandes agrários, esses 7% que ficam com 70% de todos os apoios que vêm da União Europeia, ao mesmo tempo que aos restantes agricultores sobra a diminuição do rendimento. Ao mesmo tempo que Jerónimo Martins e Sonae acumularam mil milhões de euros de lucro”, afirmou Paulo Raimundo.
No segundo comício deste sábado, depois da intervenção da tarde realizada ainda em Beja, o líder comunista dedicou parte do seu discurso desta noite em Santarém à agricultura, uma área com forte peso no distrito, e através da qual enalteceu os recente protestos dos agricultores. Nesse sentido, assinalou que o setor agrícola e o país tem de enfrentar o poder do setor da distribuição alimentar.
“O país, a agricultura, os agricultores e cada um de nós não tem futuro enquanto não se enfrentar com coragem essa autêntica ditadura da grande distribuição, essa autêntica ditadura que esmaga os pequenos agricultores, esmaga a produção, esmaga cada um de nós cada vez que temos de ir ao supermercado. Sem enfrentar isto de frente não há alternativa no nosso país, não há alternativa para a agricultura”, frisou.
Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar em 10 de março para eleger 230 deputados à Assembleia da República.
A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.
JGO // PC
By Impala News / Lusa
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