Centeno parte como favorito para eleição do novo presidente do Eurogrupo

O fórum de ministros das Finanças da zona euro elege hoje, em Bruxelas, o seu novo presidente, com Mário Centeno, a surgir como favorito numa corrida a quatro à liderança do Eurogrupo.

Centeno parte como favorito para eleição do novo presidente do Eurogrupo

O fórum de ministros das Finanças da zona euro elege hoje, em Bruxelas, o seu novo presidente, com Mário Centeno, o candidato dos Socialistas Europeus, a surgir como favorito numa corrida a quatro à liderança do Eurogrupo.

Os 19 membros da área do euro vão escolher hoje à tarde o sucessor do holandês Jeroen Dijsselbloem, tendo quatro ministros apresentado na semana passada as suas candidaturas: Mário Centeno, o luxemburguês Pierre Gramegna, o eslovaco Peter Kazimir e a letã Dana Reizniece-Ozola.

Enquanto Gramegna é membro dos Liberais e Ozola dos Verdes, Centeno e Kazimir são ambos socialistas — a família política com mais possibilidades de garantir o posto, face aos equilíbrios partidários sempre em jogo na atribuição de altos cargos europeus -, mas o ministro português foi “consagrado” como “o candidato” do Partido Socialista Europeu (PSE) na reunião que teve lugar em Lisboa entre sexta-feira e sábado, e parece reunir muitos mais apoios que o eslovaco.

A eleição de hoje do novo presidente do Eurogrupo não corre o risco de ser decidida por sorteio mesmo que persista um empate, como aconteceu com a relocalização das duas agências que deixam o Reino Unido.

O processo de eleição prevê a realização de quantas voltas forem necessárias até um dos quatro candidatos alcançar uma maioria simples (ou seja, pelo menos 10 votos entre os 19 membros da área do euro).

Em 20 de novembro, tanto a sede da Agência Europeia do Medicamento (EMA) — à qual concorria o Porto — como a da Autoridade Bancária Europeia (EBA) acabaram por ser atribuídas a Amesterdão e Paris, respetivamente, por sorteio.

Em ambos os casos verificaram-se igualdades a 13 votos na terceira e derradeira volta (Amesterdão enfrentava Milão; Paris era finalista com Dublin), já que, entre os 27, um Estado-membro votou nulo nos dois casos, tendo então os vencedores sido encontrados por sorteio.

O Conselho precisa que “se nenhum dos candidatos recolher pelo menos 10 dos 19 votos dos membros do Eurogrupo no final da primeira volta da votação, cada candidato será informado individualmente do número de votos que ele/ela recebeu”.

“Os candidatos terão então a oportunidade de retirar a sua candidatura. A votação prosseguirá até ser alcançada a maioria simples em torno de uma das candidaturas”, explicam os serviços do Conselho da UE.

De acordo com a agenda de trabalhos da reunião de hoje do Eurogrupo, que terá início em Bruxelas às 13:00 locais (12:00 de Lisboa) a eleição ocorrerá no final da primeira ronda de trabalhos (e antes de uma reunião alargada a 27 para preparar a “Cimeira do Euro” que se realiza em dezembro), devendo então o vencedor ser conhecido antes das 18:00 locais (17:00 de Lisboa), hora marcada para o arranque da segunda parte da reunião.

O novo presidente sucederá a Jeroen Dijsselbloem em janeiro, mais precisamente no dia 14 – pois o segundo mandato do holandês que presidiu ao fórum de ministros das Finanças nos últimos cinco anos termina a 13 -, iniciando então um mandato de dois anos e meio. A reunião seguinte do Eurogrupo, agendada para 22 de janeiro, será então já presidida por um dos quatro ministros que se apresentam hoje a votos: Centeno, Gramegna, Kazimir ou Ozola.

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