Chefe da guarda prisional afastado em Tires com processo disciplinar por suspeitas graves

O chefe dos guardas prisionais afastado do estabelecimento prisional de Tires, onde decorre uma greve desde hoje, é suspeito de “infrações suficientemente graves e sérias” que motivaram um processo disciplinar, adiantou a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais.

Chefe da guarda prisional afastado em Tires com processo disciplinar por suspeitas graves

Em informação à Lusa, a DGRSP adiantou que “o afastamento do chefe principal do Estabelecimento Prisional (EP) de Tires se prende com o facto de haver suspeitas e indícios suficientemente graves para determinar o seu regresso imediato ao EP da Carregueira, e abertura de processo disciplinar”.

“O processo disciplinar está em fase de inquérito e, por isso, sujeito a sigilo”, acrescentou a direção-geral sobre o processo que está a ser instruído por um magistrado do Ministério Público pelo Serviço de Auditoria e Inspeção (SAI) da DGRSP.

O guarda em causa, que tinha sido colocado em Tires como comissário, em regime de substituição após aposentação do anterior chefe principal, regressou ao EP da Carregueira, onde se mantém em funções, como guarda prisional, sem cargos de chefia.

As infrações detetadas na sua passagem de cerca de um mês em Tires são “suficientemente graves e sérias” para justificar o seu afastamento imediato, explicou a DGRSP.

Na sequência do afastamento do chefe principal e ordem para regresso à Carregueira, o Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) convocou uma greve local no EP de Tires, com os guardas desta prisão feminina a paralisar entre hoje, 22 de abril, e 31 de maio para exigir mais segurança e o regresso do chefe principal afastado pela direção.

A Lusa contactou o SNCGP para obter mais esclarecimentos sobre a matéria e aguarda resposta.

Segundo um balanço feito pelo presidente do sindicato, Frederico Morais, a adesão à greve rondava os 90% para os três turnos que entraram ao serviço desde a meia-noite noite e o protesto está já a afetar o funcionamento do estabelecimento prisional, nomeadamente os recreios, a frequência de formação não certificada e a prestação de trabalho não contratualizado por empresas externas.

O presidente do SNCGP disse esperar que, entre as 16:00 e as 24:00, a adesão à paralisação atinja os 100%, por estarem em causa somente trabalhadores por turnos e não, como acontece durante o dia, também funcionários com horários fixos, que “nunca fazem greve”.

IMA (IB) // CMP

By Impala News / Lusa

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