Chega considera que Pedro Nuno Santos “morreu politicamente”
O presidente do Chega, André Ventura, defendeu hoje que a situação no aeroporto de Lisboa não se resolve “com um fraco ministro das Infraestruturas” e considerou que Pedro Nuno Santos “morreu politicamente”.
O líder do Chega esteve hoje no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, onde se reuniu com o Sindicato dos Pilotos de Aviação Civil, numa altura em que se vive “uma situação bastante preocupante” e de “grande convulsão”, afirmou, com “mais de 100 voos cancelados no fim de semana, com mais algumas dezenas segunda e terça-feira”, sendo “grande parte deles voos da TAP”. O dirigente do partido da extrema-direita alertou que agosto “que vai ser o pior mês de afluxo” de turistas e imigrantes.
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No diagnóstico de Ventura, a situação deve-se a uma “série de constrangimentos relacionados com o SEF”, mas também à “redução persistente de pessoal da TAP” na sequência do plano de reestruturação, que “reduziu em muito o número de pilotos mas também de técnicos de manutenção”. “Chegamos portanto a uma situação em que temos uma dupla que raramente tivemos na história, a desorganização da TAP e dos serviços aeroportuários e a desorganização dos serviços policiais de controlo, e isto é uma mistura explosiva”, defendeu.
O líder da extrema-direita parlamentar disse que se esperava que “as autoridades políticas pudessem responder de forma decisiva, mas não o fizeram”. “Isto tudo que está a acontecer, não tenhamos dúvidas, deve-se a uma coisa, a um fraco ministro das Infraestruturas, porque se tivéssemos um ministro com poder político, neste momento ele já teria batido o pé ao primeiro-ministro para dizer ‘isto não pode continuar, temos que fazer aqui alguma coisa’, um reforço extraordinário, um plano de contingência extraordinário, o reforço significativo dos meios do SEF”, defendeu.
No entanto, na ótica de Ventura, Pedro Nuno Santos é “um ministro completamente fragilizado”. “O ministro das Infraestruturas morreu politicamente e esse é que é o problema que estamos aqui a enfrentar”, apontou André Ventura, considerando que “por muito que sejam cancelados 100 voos, 200 ou 300, nós não vamos ouvir Pedro Nuno Santos porque ele não está vivo politicamente”. O presidente do Chega defendeu que o primeiro-ministro “é o responsável por isto” e agora cabe-lhe a ele resolver a situação, o que passa por “nomear um ministro novo, com capacidade de resolver” a situação. “A saída do ministro [Pedro Nuno Santos] ajudaria muito”, salientou, apontando que “já ninguém o leva a sério”.
Para melhorar a situação que se vive no aeroporto de Lisboa, o Chega reiterou que deve ser posta “uma pedra neste disparate de extinguir o SEF”, que “foi um erro”. “O plano de reestruturação da TAP tem que ser implementado com meios e tem de ser feito de forma cautelosa, mas para isso precisamos de um ministro que tenha força política para o fazer, e este ministro não tem”, acrescentou, recusando que se corte “pessoal a torto e a direito”. A administração da TAP “tem que ser chamada à responsabilidade”, defendeu, mas indicou que “a saída de Pedro Nuno Santos é o requisito político” e a “questão do SEF é decisiva”.
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