Cinco detidos junto ao parlamento da Argentina após aprovação inicial de reformas
Cinco pessoas foram detidas junto ao parlamento da Argentina, após a aprovação na generalidade do vasto conjunto de reformas económicas do Presidente ultraliberal argentino, Javier Milei, conhecida como ‘lei omnibus’
A Polícia Municipal da capital, Buenos Aires, disse que deteve quatro adultos e um menor na Praça do Congresso, por terem vandalizado uma sucursal do Banco Patagónia, avançou o jornal ‘Clarín’.
A polícia respondeu com o uso de gás lacrimogéneo, após manifestantes terem queimado contentores do lixo, um colchão e as cercas de madeira que rodeiam o Congresso argentino, além de tentarem atacar um deputado.
Assim que terminou a votação, várias pessoas tentaram agredir à porta do parlamento José Luis Espert, deputado do Libertad Avanza, o partido de Milei, e um dos principais rostos do debate.
Espert foi obrigado a atravessar a rua para se refugiar num outro edifício, acompanhado por guarda-costas que impediram o ataque.
Os protestos levaram ainda ao corte do trânsito numa das principais avenidas de ligação ao parlamento, com agentes da polícia municipal e federal a tentarem controlar a situação disparando gás lacrimogéneo e balas de borracha.
A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, prometeu que os manifestantes que “queimaram bens públicos, atiraram pedras e atacaram agentes policiais” serão alvo de processos criminais.
“Vamos apresentar queixa-crime e pedir a identificação de todos aqueles que queimaram bens públicos atirando pedras, destruindo tudo por onde passavam e agredindo agentes policiais”, indicou a ministra, nas redes sociais.
Bullrich acrescentou que “as organizações devem pagar pelos danos causados e pelas despesas da operação. Quem faz, paga”.
A ministra encerrou a mensagem elogiano o profissionalismo das forças de segurança.
Na sexta-feira, a câmara baixa do parlamento da Argentina, a Câmara dos Deputados, aprovou na generalidade, com 144 votos a favor e 109 contra, a lei ‘omnibus’, mas os mais de 300 artigos ainda terão de ser debatidos artigo a artigo na terça-feira.
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By Impala News / Lusa
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