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Correios de Macau e Hong Kong retomam envio de encomendas para os Estados Unidos
Num comunicado, os Correios de Hong Kong disseram que foram “formalmente notificados” pelo Serviço Postal dos Estados Unidos (USPS, na sigla em inglês) de que as autoridades norte-americanas “de momento não impõe taxas adicionais a artigos postais com mercadoria”.
Em 05 de janeiro, a empresa disse que tinha sido notificada pelo USPS de que só poderia enviar pacotes ou encomendas que os clientes tivessem registado junto da Alfândega e a Proteção das Fronteiras dos Estados Unidos (CBP, na sigla em inglês).
O registo exigiria “os documentos de importação necessários e o pagamento de taxas feito através de um despachante aduaneiro”, acrescentaram os Correios de Hong Kong.
Após a suspensão do envio, a empresa “continuou a negociar” com o USPS e “pode retormar temporariamente” o serviço postal para os Estados Unidos na terça-feira, refere-se no comunicado divulgado hoje.
Horas depois, também os Correios de Macau (CTT) anunciaram que irão voltar a aceitar, a partir de 11 de fevereiro, “todos os objectos de correio (…) destinados aos Estados Unidos”.
Num comunicado divulgado pela Direção dos Serviços de Correios e Telecomunicações de Macau, os CTT lembraram que a suspensão “poderá ter originado um acumular de correspondência, o que resultará possivelmente em atrasos na entrega de envios destinados aos EUA”.
“Adicionalmente, não se pode excluir a possibilidade de eventuais alterações nas políticas dos Serviços Postal dos Estados Unidos a qualquer momento”, alertou a empresa.
Em 04 de fevereiro, o USPS anunciou que iria deixar temporariamente de aceitar encomendas provenientes da China e de Hong Kong (sem qualquer referência a Macau) “até nova ordem”.
Mas horas depois, o USPS reverteu a decisão, sem dar qualquer justificação, afirmando apenas que ia trabalhar com a CBP para implementar um processo de cobrança para as novas taxas impostas sobre bens chineses, a fim de evitar interrupções na entrega.
O novo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aumentou as taxas alfandegárias sobre as importações oriundas da China em 10%, depois de ter recuado nos planos de cobrar taxas ao Canadá e ao México.
A grande maioria das mercadorias enviadas a partir da China chega fora do sistema de correio, mas a ordem de Trump eliminou especificamente uma isenção tarifária para produtos de baixo valor, adquiridos diretamente por consumidores e enviados através do serviço postal.
Essa isenção abrangia artigos de valor inferior a 800 dólares (770 euros).
A medida da USPS poderia bloquear ou atrasar as encomendas feitas através das plataformas de comércio eletrónico chinesas Shein e Temu.
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By Impala News / Lusa
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