António Costa garante que realidade da economia portuguesa supera perspetivas do FMI

O primeiro-ministro António Costa afirmou hoje que as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) são, por regra, mais pessimistas do que a realidade e manifestou-se confiante que o desempenho da economia portuguesa irá superar as piores perspetivas.

António Costa garante que realidade da economia portuguesa supera perspetivas do FMI

António Costa falava aos jornalistas no final da sua visita de dois dias à Coreia do Sul, depois de confrontado com as mais recentes previsões divulgadas pelo FMI. Na terça-feira, na atualização das previsões económicas mundiais, o FMI avançou com as previsões de um crescimento de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) e de uma inflação na ordem dos 5,7% este ano. A previsão do FMI para este ano alinha com a da Comissão Europeia e a da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e fixa-se abaixo dos 1,3% esperados pelo Governo no Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) — que podem ser atualizados no Programa de Estabilidade, entregue até ao dia 15 de abril — e dos 1,2% do Conselho das Finanças Públicas (CFP) e dos 1,8% do Banco de Portugal (BdP).

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Perante estes dados, António Costa considerou que as estimativas feitas pelo FMI “têm sido mais pessimistas do que a realidade da economia portuguesa”. “Foi assim em 2016 e por aí fora. Não quer dizer que seja matemático, mas os indicadores que temos sobre o desempenho da economia dão-nos razões para estarmos confiantes no sentido de que este ano, mais uma vez, a nossa economia vai superar as más perspetivas que às vezes surgem”, considerou. O líder do executivo fez a seguir uma breve síntese sobre as previsões das instituições internacionais desde 2016 até hoje. “Desde que sou primeiro-ministro, temos verificado que a realidade tem superado as previsões, mesmo as mais otimistas, que tendem a ser as do Governo. Ainda no ano passado, Portugal registou um crescimento económico superior àquele que o próprio Governo tinha”, alegou.

Estimativas feitas pelo FMI “têm sido mais pessimistas do que a realidade da economia portuguesa”

O líder do executivo procurou depois acentuar a ideia de que “não se vive de previsões, mas sim de resultados”. “Para isso é fundamental que Portugal mantenha uma trajetória de estabilidade que incentive o investimento, designadamente o investimento privado, e a continuação do emprego em níveis máximos. Isso é o que tem permitido um crescimento sustentado”, acrescentou.

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