Costa em Paris para reunião de líderes internacionais sobre apoio contínuo à Ucrânia
O primeiro-ministro, António Costa, participa hoje, em Paris, numa reunião de alto nível para apoio contínuo à Ucrânia convocada pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, quando se assinalam dois anos do início da invasão russa.
Dois dias depois de se terem assinalado os dois anos da invasão russa do território ucraniano e numa altura em que a Ucrânia corre risco de ficar sem liquidez no final de março, Emmanuel Macron convocou uma reunião de alto nível para “analisar os meios disponíveis para reforçar a cooperação entre os parceiros no apoio à Ucrânia”, segundo a Presidência francesa.
Contando com líderes ou representantes de países da União Europeia (UE) e de outros, a ocasião servirá para “estudar os meios disponíveis para reforçar a cooperação entre os parceiros que apoiam a Ucrânia”, adiantou o Eliseu.
Na reunião, que começa ao final da tarde e se deve estender para jantar, Portugal estará representado pelo chefe de Governo, António Costa.
No sábado, aquando do segundo aniversário da guerra, o primeiro-ministro português afirmou que Portugal estará ao lado da “resistência heroica” do povo e das forças armadas ucranianas pelo tempo que for necessário, até que seja alcançada uma paz justa e duradoura.
Nos últimos dias, vários governos europeus insistiram na necessidade de fornecer equipamento militar e financiamento à Ucrânia.
O encontro de de hoje surge depois de, no início de fevereiro, numa cimeira europeia extraordinária em Bruxelas, os líderes da UE terem chegado a acordo sobre a revisão do Quadro Financeiro Plurianual 2024-2027 para incluir uma reserva financeira de 50 mil milhões de euros (dos quais 17 mil milhões de euros em subvenções) para os próximos quatro anos para a Ucrânia, mobilizados consoante a situação no terreno.
Para esse acordo foi crucial um retrocesso por parte da Hungria, que ameaçou durante várias semanas vetar esta reserva financeira para a Ucrânia por contestar a suspensão de verbas comunitárias a Budapeste.
O retrocesso de Budapeste para a UE avançar com esta reserva financeira foi possível através da inclusão, nas conclusões da cimeira europeia, de um parágrafo que prevê discussões anuais sobre o mecanismo para a Ucrânia e, “se necessário”, a possibilidade de a Comissão Europeia avançar com a revisão, isto no quadro de um “novo Quadro Financeiro Plurianual”.
Foi ainda adicionado outro parágrafo, que indica que “o Conselho Europeu recorda as suas conclusões de dezembro de 2020 sobre a aplicação do mecanismo de condicionalidade”, na base do qual se prevê o respeito pelo Estado de direito para obtenção de fundos comunitários.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
ANE (PMF) // CC
By Impala News / Lusa
Siga a Impala no Instagram