Covid-19: Dever geral de recolhimento mantém-se, contactos devem ser contidos
O dever geral de recolhimento mantém-se, ainda que o país avance no plano de desconfinamento, disse António Costa, que pediu contenção aos portugueses na circulação e nos contactos sociais.
O dever geral de recolhimento mantém-se, ainda que o país avance no plano de desconfinamento, disse hoje o primeiro-ministro, António Costa, que pediu contenção aos portugueses na circulação e nos contactos sociais devido à pandemia de covid-19.
“Esse dever mantém-se, as pessoas devem ter, na medida do possível, a contenção na circulação, a contenção nos contactos sociais, porque nós temos hoje uma taxa de incidência baixa, mas temos essa incidência baixa porque os portugueses a conquistaram num processo de confinamento muito doloroso. E a única forma que temos de manter esta taxa de incidência baixa é continuarmos a ter os comportamentos o mais adequados possível a esta situação”, disse António Costa.
O primeiro-ministro falava aos jornalistas no final da reunião de hoje do Conselho de Ministros, que decorreu no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e que aprovou as regras aplicáveis a partir de segunda-feira no âmbito do plano de desconfinamento delineado pelo Governo.
A próxima fase avança a partir de segunda-feira, de acordo com o plano do Governo para a generalidade do continente, exceção feita a alguns concelhos que pela elevada taxa de incidência de novos casos de covid-19 não reúnem as condições para progredir.
António Costa esclareceu que o dever geral de recolhimento tem exceções e que “o que as medidas de desconfinamento vão fazendo é alargar a medida da exceção”, lembrando que na fase mais restritiva apenas se podia sair para compras essenciais e que neste momento já se pode sair para um conjunto mais alargado de atividades.
No entanto, frisou a necessidade de se manterem as cautelas.
“Eu diria que sempre possamos ficar em casa, devemos ficar em casa, sempre que possamos diminuir os contactos sociais, devemos diminuir os contactos sociais, de forma a evitar que a pandemia volte a crescer”, concluiu sobre este ponto.
No início da conferência de imprensa o primeiro-ministro reconheceu uma evolução negativa do índice de transmissibilidade (Rt) desde o início do processo de desconfinamento, aproximando-se do “lado perigoso” da matriz de risco.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.974.651 mortos no mundo, resultantes de mais de 138,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.933 pessoas dos 829.358 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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