CP realizou 53% dos comboios urbanos do Porto até às 14h00
A CP-Comboios de Portugal realizou hoje, até às 14h00, 53% dos comboios urbanos do Porto, na sequência da greve de quinta-feira do sindicato dos revisores e da paralisação convocada pela Fectrans, disse fonte da empresa.
De acordo com fonte oficial da CP, dos 85 comboios programados até às 14h00, foram realizados 45, e no decorrer do dia o nível de supressões deverá diminuir. Os serviços mínimos programados para hoje (20 comboios) foram todos realizados, adiantou a mesma fonte. Os urbanos do Porto englobam as linhas de Braga, Guimarães, Marco de Canaveses e Aveiro.
A partir das 17:00, de acordo com os serviços mínimos decretados, a partir de Porto-São Bento para Braga está prevista a realização dos comboios das 17:40, 18:40 e 19:45, para Guimarães das 18:25, para o Marco de Canaveses das 17:30, 18:30 e 19:30 e para Aveiro 17:45, 18:50 e 19:50 (neste caso, de Porto Campanhã).
No sentido inverso, de Aveiro estão previstos os serviços das 17:18, 18:18 e 19:18, de Braga os das 18:34 e 19:35, de Guimarães o das 19:53 e do Marco de Canaveses os das 18:14 e 19:14. A CP-Comboios de Portugal tinha estimado, na quarta-feira, que os comboios urbanos do Porto, Coimbra e o Celta não se realizariam na quinta-feira, véspera de São João, devido a greve.
A empresa tinha também advertido “para o período entre as 00:00 do dia 23 e as 07:00 do dia 24 de junho”, podendo “ocorrer perturbações muito significativas no dia 23 de junho, com forte impacto nos dias anterior e seguinte, em todos os serviços com origem e/ou destino no Norte de Portugal, Coimbra e Linha do Oeste”.
Para hoje, na paralisação convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF), da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), foram decretados serviços mínimos pelo Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social, segundo informação da transportadora, ao contrário do que aconteceu para a greve de quinta-feira, convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI).
O SFRCI confirmou que na quinta-feira estaria prevista a “supressão total” de todos os comboios urbanos do Porto e Coimbra devido à greve convocada por aquela estrutura, havendo também supressões no longo curso. O SFRCI contesta a “diferença de tratamento” e “falta de equidade” face aos trabalhadores da antiga Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF), que foi integrada na CP.
A esta greve junta-se a paralisação do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF), da Fectrans, às horas extraordinárias, ao trabalho em dia feriado, ao trabalho em dia de descanso semanal, ao trabalho com falta de repouso nos termos do Acordo de Empresa e também a partir da oitava hora de serviço. Na segunda-feira, Fectrans e o SNTSF ameaçaram avançar contra a CP em tribunal, falando em “discriminação” dos trabalhadores da antiga EMEF.
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