Cresce para 78,9% apoio dos turcos à entrada na União Europeia

Uma sondagem indica que 78,9% dos turcos apoia a entrada na União Europeia, mais 17 pontos do que há dois anos

Cresce para 78,9% apoio dos turcos à entrada na União Europeia

Uma sondagem publicada hoje indica que 78,9% dos turcos apoia a entrada na União Europeia, mais 17 pontos do que há dois anos, apesar das crises políticas entre Ancara e Bruxelas e da dura retórica do Presidente turco.

“Apesar de todos os desenvolvimentos negativos entre a Turquia e a União Europeia em 2017, esta percentagem é muito significativa”, declarou a autora da pesquisa, Ayhan Zeytinoglu, que preside à Fundação para o Desenvolvimento Económico (IKV na sigla em turco).

A sondagem, que utiliza dados de 2017, revela que 78,9% dos cidadãos turcos apoiaria a entrada do país euroasiático na União Europeia, apesar de acreditar que tal não pode realizar-se a curto prazo.

Essa percentagem correspondeu a 75,5% em 2016 e a 61,8% em 2015.

“Este elevado nível de apoio é uma mensagem para o nosso Governo. Mostra uma vontade nacional para que sejam tomadas as medidas necessárias para um novo processo de aproximação com a UE”, assinalou Ayhan Zeytinoglu, citada pelo jornal diário Hürriyet.

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“Também é uma advertência para a UE. Mostra que as políticas que excluem a Turquia carecem de visão”, observou.

A sondagem revela ainda que o bem-estar económico, o desenvolvimento, o nível democrático e os direitos humanos são os principais motivos que levam os turcos a querer entrar no clube comunitário.

O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou recentemente que deseja recuperar as boas relações com o bloco dos 28, depois da deterioração diplomática verifica no último ano.

Durante a campanha para o referendo constitucional da Turquia, realizado em abril, Erdogan acusou os Governos da Alemanha e Holanda de “agirem como nazis” ao impedir que altos dirigentes turcos realizassem comícios nesses países direcionados às comunidades turcas locais.

Erdogan também acusou a União Europeia ou os países do bloco de não cumprirem com o acordo relativo aos refugiados, de proteger criminosos procurados na Turquia ou de bloquear indefinidamente a negociação da adesão da Turquia ao bloco comunitário.

 

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