Defesa e energia são proridades da presidência polaca do Conselho da UE – Tusk
A Polónia escolheu a segurança a União Europeia (UE) e a energia como as prioridades da presidência rotativa do Conselho da UE que vai iniciar no dia 01 de janeiro, anunciou hoje o primeiro-ministro, Donald Tusk.
Depois de uma reunião com a presidente do Parlamento Europeu (PE), Roberta Metsola, na capital da Polónia, Donald Tusk disse que a UE devia ser “mais egoísta” e demonstrar mais solidariedade entre os países do bloco comunitário quando estão a ser alvo de competição exterior.
As prioridades serão “a segurança em todas as dimensões, a energia, como uma das condições imprescindíveis para que a União Europeia seja totalmente competitiva”, acrescentou o primeiro-ministro polaco.
Donald Tusk considerou que a presidência polaca do Conselho da UE durante os primeiros seis meses de 2025 vai ser difícil e ocorrerá durante um período crítico a nível geopolítico, nomeadamente com eleições em países da UE, o conflito na Ucrânia, cada vez mais incerto, as eleições presidenciais na Bielorrússia, considerado um país satélite do Kremlin, e o agravamento dos conflitos no Médio Oriente e em outras partes do planeta.
A Polónia também vai a eleições na primavera de 2025 para escolher o próximo Presidente do país.
A presidente do PE considerou que “não será uma surpresa para ninguém que a administração de Donald Trump vai perseguir os seus próprios interesses”.
Roberta Metsola insistiu no reforço da cooperação “em defesa, comércio e questões globais”. Sobre o primeiro tópico, a presidente do PE alinhou com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e com o presidente do Conselho Europeu, António Costa, e pediu mais sinergias com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) — 23 dos 32 países da NATO são da União Europeia.
Fontes diplomáticas disseram à Lusa que a defesa vai ser o principal tópico da presidência rotativa da Polónia.
Antigo país na esfera da União Soviética e um dos que está geograficamente mais próximo da Ucrânia, a Polónia tem há muito insistido na necessidade de a União Europeia melhorar a sua capacidade de defesa.
Fontes diplomáticas revelaram que está nos planos da presidência polaca avançar na base industrial de defesa europeia, uma ideia que começou a ganhar esqueleto este ano, mas que necessitará de ser alavancada no próximo ano, para reverter décadas de desinvestimento na maioria dos países do bloco e colmatar a falta de sinergias.
A Polónia também quer explorar mais hipóteses e tentar cortar definitivamente com a dependência da energia russa e outros países com os quais a União Europeia esfriou as relações nos últimos anos, em parte por causa de posturas díspares em relação à guerra na Ucrânia.
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By Impala News / Lusa
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