Uma pessoa detida nos EUA no âmbito da investigação aos pacotes suspeitos
A pessoa detida hoje no âmbito da investigação aos pacotes suspeitos endereçados esta semana a várias personalidades democratas nos Estados Unidos foi identificada como Cesar Sayoc, um homem de 56 anos que terá antecedentes criminais, segundo os ‘media’ norte-americanos.
Uma pessoa foi hoje detida no âmbito da investigação aos pacotes suspeitos endereçados esta semana a várias personalidades democratas e críticas da administração Trump, afirmou o Departamento de Justiça norte-americano. A estação norte-americana NBC, que cita fontes das forças de segurança dos Estados Unidos, explicou que o processo de identificação foi feito com recurso a amostras de ADN.
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A informação foi avançada por uma porta-voz do Departamento de Justiça norte-americano (equivalente ao Ministério da Justiça) numa mensagem publicada na rede social Twitter e citada pelas agências internacionais.
É a primeira detenção realizada pela polícia federal norte-americana (FBI) desde o início da investigação, numa altura em que o número de encomendas suspeitas identificadas desde segunda-feira subiu hoje para 12.
As televisões norte-americanas têm mostrado as imagens de agentes policiais junto a uma carrinha branca, com as janelas decoradas com vários autocolantes, nomeadamente da bandeira dos Estados Unidos.
Fontes oficiais citadas pelos ‘media’ norte-americanos indicaram que Cesar Sayoc, neste momento o principal suspeito no âmbito desta investigação, tem residência em Aventura, na Florida, mas terá ligações com a zona de Nova Iorque e cadastro criminal.
Nos últimos dias, vários pacotes suspeitos, todos potencialmente armadilhados, foram endereçados a políticos democratas e a várias personalidades críticas do Presidente norte-americano, Donald Trump, como foi o caso da ex-secretária de Estado e ex-candidata presidencial Hillary Clinton, do ex-Presidente Barack Obama ou do milionário e filantropo George Soros.
O FBI está também a investigar o envio de pacotes suspeitos ao antigo vice-Presidente Joe Biden, ao ator norte-americano Robert de Niro e ao ex-Procurador-geral Eric Holder.
A estação norte-americana de informação CNN também foi visada nesta vaga de encomendas suspeitas
O pacote da CNN, enviado para as instalações do canal em Nova Iorque, continha um engenho explosivo e estava endereçado ao ex-diretor da CIA (serviços secretos) John Brennan, um reconhecido crítico da administração Trump e um colaborador frequente da estação.
Os dois últimos pacotes identificados visavam o senador democrata do Estado de New Jersey Cory Booker e o antigo diretor dos serviços de informações dos Estados Unidos, James Clapper.
O FBI está a realizar buscas a nível nacional, de costa a costa dos Estados Unidos, para tentar descobrir quem está a enviar estes pacotes. Até ao momento, ninguém reivindicou estes atos.
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As autoridades estão a tentar determinar se a pessoa ou pessoas que enviaram os pacotes estavam a tentar semear um clima de medo ou queriam mesmo provocar danos pessoais. Nenhum dos dispositivos localizados pelas autoridades explodiu.
Elementos das forças de segurança disseram à agência norte-americana AP que os dispositivos encontrados dentro dos pacotes, que estavam equipados com uma espécie de cronómetro e baterias, não tinham sido preparados para explodir quando as encomendas fossem abertas.
Nas últimas horas, as autoridades norte-americanas avançaram com a possibilidade de alguns dos pacotes identificados estarem a ser enviados a partir do Estado da Florida.
Estes incidentes estão a acontecer a cerca de duas semanas da realização das eleições intercalares norte-americanas, agendadas para 06 de novembro e que vão determinar a futura composição do Congresso.
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