Detidos em concentração de extrema-direita notificados para se apresentarem no MP

As três pessoas detidas na sexta-feira durante uma concentração da extrema-direita em Lisboa foram notificadas para comparecerem perante o Ministério Público (MP), que decidirá o seguimento a dar ao processo, clarificou hoje fonte da PSP.

Detidos em concentração de extrema-direita notificados para se apresentarem no MP

O presidente do partido Ergue-te, Rui Fonseca e Castro, o líder do movimento 1143, Mário Machado, e um terceiro manifestante foram detidos na sexta-feira à tarde e libertados à noite, por suspeita da prática dos crimes de, respetivamente, desobediência, ameaça e coação a órgão de comunicação social, e resistência e coação.

Em comunicado emitido ao final da tarde de sexta-feira, a PSP adiantara que os suspeitos iriam ser notificados “para se apresentarem voluntariamente junto da Autoridade Judiciária competente, pelas 10:00 da próxima segunda-feira, no Campus de Justiça, em Lisboa”.

Contactada hoje pela Lusa, fonte daquela força de segurança precisou que os detidos foram notificados para comparecer perante o MP da instância de Pequena Criminalidade.

De acordo com o Código de Processo Penal, compete então ao MP decidir o seguimento a dar ao caso: arquivar, ordenar a abertura de uma investigação ou, por se tratar de crimes com pena máxima igual ou inferior a cinco anos, mandar os arguidos para julgamento sumário ou propor a suspensão provisória do processo.

A concentração não autorizada de apoiantes de extrema-direita decorreu no Largo de São Domingos, entre o Rossio e o Martim Moniz, no centro de Lisboa, e culminou em confrontos com manifestantes antifascistas.

Segundo o comunicado de sexta-feira, além dos três detidos, a PSP identificou “um suspeito da prática de ofensas à integridade física” e quatro pessoas “por suspeita de envolvimento nos distúrbios”.

“Lamentavelmente, dois polícias ficaram feridos, um com um ferimento no nariz e outro ferido na mão”, detalhou a força de segurança.

Em conferência de imprensa ao final da tarde de sexta-feira, o comandante da 1.ª Divisão Policial do Comando Metropolitano de Lisboa, Iúri Rodrigues, revelou que as autoridades estavam ainda a analisar “as imagens que foram recolhidas pelos órgãos de comunicação social para tentar identificar mais indivíduos que estiveram envolvidos nas agressões”.

Questionado se houve registo de civis feridos, Iúri Rodrigues disse que a PSP tem indicação de “uma pessoa que foi identificada como vítima e que se deslocou à esquadra para apresentar queixa”.

IB (SSM/SS) // ZO

By Impala News / Lusa

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