Direita alemã impõe ultimato a Angela Merkel

A direita alemã impôs hoje um ultimato de duas semanas à chanceler Angela Merkel para negociar uma solução europeia para o desafio migratório e evitar que o país feche as fronteiras, assim como uma crise nacional e europeia.

Direita alemã impõe ultimato a Angela Merkel

A direita alemã impôs hoje um ultimato de duas semanas à chanceler Angela Merkel para negociar uma solução europeia para o desafio migratório e evitar que o país feche as fronteiras, assim como uma crise nacional e europeia.

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Se Merkel falhar a nível europeu, a sua posição tornar-se-á difícil, dado que a chanceler sempre defendeu uma resposta comunitária para o afluxo dos requerentes de asilo. E a coligação governamental alemã, com a direita bávara (União Social-Cristã- CSU) e os sociais-democratas, pode cair.

Segundo a agência noticiosa alemã DPA, a CSU do ministro do Interior, Horst Seehofer, prevê, caso não haja acordo europeu na cimeira de 28 e 29 de junho, recusar nas fronteiras todos os requerentes de asilo registados num outro país da União Europeia e quase todos eles se registaram na Itália ou na Grécia.

Um responsável do partido bávaro, Hans-Peter Friedrich, indicou que as medidas de “repulsão vão ser desenvolvidas para começar no início de julho”.

A decisão foi tomada numa reunião dos dirigentes do partido conservador CSU em Munique, indicou a DPA, citando fontes internas.

Na última semana, o conflito entre o ministro do Interior, Horst Seehofer, e Merkel sobre a política migratória transformou-se numa ameaça para o Governo alemão.

O ministro do Interior quer que a Alemanha recuse a entrada de migrantes previamente registados como requerentes de asilo noutros países europeus. A chanceler rejeita medidas unilaterais, argumentando que fariam aumentar a pressão em países como a Itália e a Grécia e enfraqueceriam os 28.

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Seehofer, que dirige a CSU bávara, tradicional aliado da União Democrata-Cristã (CDU) de Merkel, quer mostrar uma posição rigorosa em relação aos migrantes, considerando que é a melhor maneira de cortar o apoio à extrema-direita da Alternativa para a Alemanha, partido que em quatro anos conseguiu entrar no parlamento alemão com 12,6% dos votos.

 

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