Espanha prescinde de pré-condições no reconhecimento da Palestina
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha, José Manuel Albares, indicou hoje que o país prescindirá de estabelecer pré-condições, como o reconhecimento de Israel pelos países árabes, no reconhecimento do Estado da Palestina, que deverá concretizar-se até julho.
“Ainda não há uma data específica, mas com certeza que vai ser antes de julho, o momento certo é este”, disse Albares, num encontro com alguns jornalistas em Bruxelas.
O ministro dos Negócios Estrangeiros acrescentou que “é uma posição sem pré-condições” e que Espanha não vai exigir, por exemplo, o reconhecimento do Estado de Israel pelos países árabes.
“Isto não é um ato político isolado, neste contexto extremamente violento precisamos de fazer algo para impedir que a violência continue”, completou, sustentando que reconhecer a Palestina também é benéfico para a própria segurança de Israel e para “prevenir atentados como os perpetrados pelo grupo terrorista Hamas”.
Fontes diplomáticas revelaram posteriormente à Lusa que estão em curso discussões bilaterais para que mais países da União Europeia reconheçam o Estado da Palestina.
Esta posição já é publicamente defendida por Espanha, Irlanda e Eslovénia e a perspetiva é de que até julho haja mais países do bloco comunitário a reconhecer o Estado da Palestina.
As mesmas fontes consideraram que pode estar para breve uma resolução nas Nações Unidas neste sentido e se há uns meses havia poucos países a criticar publicamente Israel pela maneira como levou a cabo as operações militares na Faixa de Gaza, hoje a perspetiva é a mais favorável para reconhecer a Palestina.
Apesar de não haver pré-condições, fontes diplomáticas admitiram que em qualquer circunstância o movimento islamita Hamas não pode fazer parte da equação.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, afirmou na terça-feira que Espanha prevê reconhecer o estado palestiniano até julho, esperando novidades relacionadas sobre este assunto nos próximos meses, no âmbito de instâncias como as Nações Unidas, que levarão vários países a fazer o mesmo.
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By Impala News / Lusa
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