Espera-se de nós soluções e não o comentário à polémica do dia, diz Mariana Vieira da Silva

A dirigente socialista Mariana Vieira da Silva afirmou hoje concluir que o congresso do PS manifestou orgulho no legado do primeiro-ministro e advertiu que os portugueses esperam do partido soluções e não comentários à polémica do dia.

Espera-se de nós soluções e não o comentário à polémica do dia, diz Mariana Vieira da Silva

Estas posições foram transmitidas pela ministra da Presidência na intervenção que proferiu perante o 24º Congresso Nacional do PS, que termina no domingo na Feira Internacional de Lisboa.

De acordo com Mariana Vieira da Silva, que faz parte do Secretariado Nacional cessante do PS, os dois primeiros dias de congresso já permitiram tirar algumas conclusões: os congressistas “mostraram orgulho no legado de oito anos de governos liderados por António Costa; há unidade em torno do programa e do novo secretário-geral”, Pedro Nuno Santos.

Na parte final da sua intervenção, deixou o seguinte reparo, tendo em vista o percurso do seu partido até às eleições legislativas de 10 de março.

“Os portugueses esperam de nós respostas e soluções, e não a reação à polémica do dia”, acentuou, antes advogar que o PS deverá preparar uma nova Agenda para a Década — um documento elaborado logo no primeiro ano de liderança de António Costa.

No plano interno partidário, manifestou-se disponível para contribuir para um clima de unidade em torno do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, afirmando: “Temos um secretário-geral com força à qual vamos juntar a nossa força”.

Mariana Vieira da Silva sustentou ainda a tese de que as “contas certas”, ou seja a consolidação orçamental verificada desde 2016, foram consequência de uma mudança na política económica operada pelos executivos de António Costa.

“O que permitiu as contas certas foi o aumento do emprego, a subida dos rendimentos, em especial no que respeita ao salário mínimo nacional, a redução das desigualdades e políticas que retiraram cerca de 600 mil pessoas do risco de pobreza”, assinalou.

Neste ponto, criticou às forças à direita do PS, dizendo que “não há economia inovadora com base em baixos salários e poucos direitos”.

“É isto que a direita não percebe. Sempre esteve contra o aumento do salário mínimo e caracterizam a nossa defesa do Estado social como um preconceito ideológico. Até hoje, não têm qualquer outro caminho que não seja voltar para trás”, acrescentou.

 

PMF // SF

By Impala News / Lusa

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