EUA oferecem ajuda para investigar morte de jornalista da Al-Jazeera

Os Estados Unidos “estão prontos para apoiar” as investigações ao assassínio da jornalista da Al-Jazeera Shireen Abu Akleh, morta a tiro na quarta-feira, na Cisjordânia ocupada, disse a Casa Branca.

EUA oferecem ajuda para investigar morte de jornalista da Al-Jazeera

Os Estados Unidos “estão prontos para apoiar” as investigações ao assassínio da jornalista da Al-Jazeera Shireen Abu Akleh, morta a tiro na quarta-feira, na Cisjordânia ocupada, disse a Casa Branca. Washington não recebeu qualquer pedido de assistência, nem da Autoridade Palestiniana nem de Israel, indicou, na quinta-feira, em conferência de imprensa a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, que incentivou as duas partes a partilharem os resultados das investigações “para assegurar que todas as provas estejam disponíveis e sejam plenamente avaliadas”. “Percebemos que tanto Israel como a Autoridade Palestiniana já estão a conduzir investigações sobre as circunstâncias do assassínio”, disse Psaki.

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Na quinta-feira, o responsável pela pasta dos Assuntos Civis da Autoridade Palestiniana, Husein al-Sheikh, disse nas redes sociais que as autoridades iam realizar uma investigação independente sobre o que aconteceu. Em resposta à recusa das autoridades palestinianas em lançar uma investigação conjunta com Israel, o primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, criticou a liderança palestiniana por obstruir os esforços para chegar “à verdade”. “Espero uma colaboração plena, aberta e transparente. Espero também que a Autoridade Palestiniana não tome quaisquer medidas destinadas a obstruir a investigação ou a comprometer o seu devido processo de uma forma que nos impeça de chegar à verdade”, acrescentou.

“Espero uma colaboração plena, aberta e transparente”

Shireen Abu Akleh, de 51 anos, uma jornalista veterana, de dupla nacionalidade palestiniana e norte-americana, da estação televisiva Al-Jazeera, foi morta com um tiro na cabeça, na quarta-feira, enquanto fazia a cobertura de uma operação militar israelita em Jenin, na Cisjordânia ocupada. A repórter utilizava um colete à prova de bala e um capacete identificados com a palavra “Press”, em letras grandes. A direção da Al-Jazeera, com sede no Catar, e dois repórteres que estavam com a jornalista responsabilizaram as forças israelitas. As autoridades de Israel sugeriram inicialmente que Shireen Abu Akleh podia ter sido morta por fogo palestiniano, mas recuaram horas depois, por não existiram “conclusões definitivas”.

A notícia da morte da jornalista foi recebida com uma onda de pesar em toda a Cisjordânia, com vários milhares de palestinianos a prestaram homenagem na quinta-feira. Representantes palestinianos, diplomatas estrangeiros e uma multidão de cidadãos palestinianos participaram na cerimónia oficial em Ramallah, na sede da Autoridade Palestiniana na Cisjordânia, para onde o corpo da jornalista foi transportado, numa urna coberta com a bandeira palestiniana, antes de seguir para Jerusalém, onde será hoje sepultada.

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