Europeias: CDU acusa IL de defender políticas para saber “onde estão imigrantes a cada momento”
O cabeça de lista da CDU às europeias acusou hoje a IL de defender a recolha de dados biométricos de imigrantes, permitindo saber “onde é que estão em cada momento”, considerando ser “uma forma esquisita de defender liberdades”.
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Em declarações aos jornalistas na Associação Africana do Barreiro, em Setúbal, onde organizou um encontro com imigrantes, João Oliveira considerou que o Pacto para as Migrações e Asilo é um” exemplo flagrante das conceções desumanizadoras e utilitaristas da vida humana que neste momento orientam a União Europeia (UE) em matéria de migrações”.
Salientando que “há aspetos daquele pacto que são verdadeiramente cruéis”, João Oliveira disse ter-se ficado a saber, no debate na RTP com todos os candidatos, que a Iniciativa Liberal valoriza, nesse pacto, a possibilidade de “recolha de dados biométricos e do controlo do movimento das pessoas para saber onde é que está em cada momento cada um dos imigrantes”.
“Convenhamos que, para quem se arroga como defensor das liberdades, é uma forma esquisita esta de defender as liberdades”, afirmou.
João Oliveira criticou também os mecanismos do pacto que preveem a retenção das crianças e a “possibilidade de deportação de requerentes de asilo para os seus países de origem, mesmo quando essa deportação pode incluir riscos para a sua vida”.
Questionado se a CDU defende a revogação do Pacto para as Migrações e Asilo, o candidato respondeu que a política de migrações tem de passar pela substituição do que ficou consagrado no pacto.
“É preciso outro tipo de conceções e de articulação do ponto de vista da política externa dos Estados-membros da UE com outros países, para que essas relações se estabeleçam numa base de cooperação e de solidariedade”, defendeu.
TA // NS
By Impala News / Lusa
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