Eduardo Cabrita vai responder pelo atropelamento mortal na A6
O ex-ministro Eduardo Cabrita vai responder como arguido na instrução no processo de atropelamento mortal de um trabalhador na Autoestrada A6, após o Tribunal da Relação de Évora ter deferido um recurso da Associação dos Cidadãos Auto-Mobilizados.
Os juízes desembargadores do Tribunal da Relação de Évora (TRE) reuniram-se, na terça-feira, em conferência, e no portal do Citius é indicado hoje que consideraram “provido” o recurso. O recurso foi interposto pela ACA-M na sequência da rejeição de requerimento de abertura de instrução (RAI) e pretende que o arguido Eduardo Cabrita, antigo ministro da Administração Interna (MAI), seja pronunciado para julgamento por um crime de homicídio negligente, por omissão.
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Eduardo Cabrita não se demitiu, foi demitido
Quando tudo fazia crer que o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, se tinha demitido na sequência da acusação de homicídio por negligência do Ministério Público ao seu motorista pelo atropelamento mortal de um trabalhador da autoestrada A6, em junho deste ano, a verdade é que a demissão pode não ter partido do próprio. De acordo com a CNN Portugal, tudo terá acontecido num telefonema com António Costa. Na chamada, a iniciativa do pedido de demissão partiu do primeiro-ministro. Fontes do Governo confirmam que Eduardo Cabrita já tinha pedido para sair, caso o desfecho da acusação não fosse favorável. Apesar desse desejo, Costa não quis perder tempo e optou por demiti-lo já. Foi uma demissão por telemóvel, quando estavam distavam a mais de 600 quilómetros.
Eduardo Cabrita surpreendido com divulgação de despacho
O até então ministro foi apanhado de surpresa com a divulgação do despacho. No final do seu discurso, elementos do seu staff deram-lhe a conhecer o conteúdo do despacho de acusação do Ministério Público. O motorista Marco Pontes fora acusado de homicídio por negligência. Reagiu de imediato garantindo que era “apenas um passageiro” e que “as condições do atravessamento de via têm de ser esclarecidas”. Insistiu que se tratava de uma “via não sinalizada”. Estas declarações, avança o mesmo canal, não terão caído nada bem a António Costa, deixando-o numa posição ainda mais “desconfortável”.
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