Ex-ministro israelita Avigdor Lieberman diz que foi convidado para Defesa
O ex-ministro israelita e atual político da oposição Avigdor Lieberman afirmou hoje que a equipa do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, lhe ofereceu a pasta da Defesa, atualmente ocupada por Yoav Gallant, crítico do chefe do Governo.
Lieberman, ex- ministro dos Negócios Estrangeiros e da Defesa em governos anteriores de Netanyahu, disse ao portal israelita Ynet que não aceitará a oferta, proveniente de pessoas do círculo mais próximo do primeiro-ministro, e sustentou que o país precisa neste momento de eleições antecipadas.
O partido conservador Likud, do primeiro-ministro, negou a oferta.
Lieberman, que dirige o partido de extrema-direita Israel Beitenu, reuniu-se há poucos dias com o líder da oposição, o centrista Yair Lapid, e com Gideon Saar, outro antigo aliado de Netanyahu que deixou o Likud após vários desentendimentos com o primeiro-ministro, para coordenar uma estratégia comum para derrubar o Governo.
Lapid, Lieberman e Saar também apelaram ao líder do partido de centro-direita Unidade Nacional, Benny Gantz, para deixar o executivo, formado de urgência devido à guerra na Faixa de Gaza, e juntar-se ao esforço para derrubar Netanyahu.
Gantz ameaçou deixar o Governo se Netanyahu não cumprir uma série de exigências até 08 de junho, como um plano pós-guerra para a Faixa de Gaza que contemple uma administração civil controlada pelos palestinianos.
O atual ministro da Defesa, Yoav Gallant, tem criticado aspetos da gestão do conflito por Netanyahu, particularmente a ausência de um plano pós-guerra, e avisou-o em meados de maio que não aceitará uma proposta israelita de um governo militar na Faixa de Gaza.
Benny Gantz pediu por seu lado no sábado uma reunião “o mais brevemente possível” do Gabinete de Guerra para discutir a nova proposta de trégua com o grupo palestiniano Hamas, que envolve um plano em três fases para terminar o conflito território palestiniano e recuperar os reféns em posse do Hamas.
Netanyahu, que afirmou que a proposta não impede a destruição do Hamas, ao mesmo tempo que prossegue a sua ofensiva militar em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, encontra-se sob grande pressão política, com manifestações em grande escala nas principais israelitas a exigir o fim do conflito e a libertação dos reféns, e a ameaça dos seus aliados de extrema-direita de abandonar o executivo.
A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque do grupo islamita em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo Israel.
A ofensiva israelita que se seguiu na Faixa de Gaza provocou mais de 36 mil mortos, segundo as autoridades de saúde do governo do Hamas, que controla o enclave palestiniano desde 2007.
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By Impala News / Lusa
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