Funeral de coronel iraniano assassinado com milhares a apelarem à “vingança”

Milhares de pessoas participaram hoje no funeral de um coronel da Guarda da Revolução do Irão, assassinado no domingo por homens armados não identificados, apelando à vingança.

Funeral de coronel iraniano assassinado com milhares a apelarem à

Uma procissão de milhares de pessoas acompanhou o caixão do coronel Hassan Sayad Khodayari durante parte do trajeto até ao cemitério de Behesht Zahra, na periferia de Teerão. Os participantes levavam fotografias do militar e entoavam lemas como apelando à vingança e os já habituais “morte a Israel” e “morte aos Estados Unidos”.

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Khodayari foi baleado cinco vezes no domingo, enquanto estava sentado no seu carro à porta de casa em Teerão, no domingo, numa ação levada a cabo por duas pessoas não identificadas que fugiram numa motorizada. O militar lutou na Síria como parte da Força Quds, o corpo responsável pelas operações dos Guardas Revolucionários iranianos em solo estrangeiro.

O comandante-chefe da Guarda da Revolução, o general Hosein Salami, avisou hoje que a resposta do Irão será “dura”. “A nossa reação será dura e fará os nossos inimigos arrependerem-se”, afirmou num discurso na cidade de Jorramshahr, uma das mais afetadas durante a guerra Irão-Iraque na década de 1980.

O chefe do corpo de elite vincou que “todos sabem que os Guardas Revolucionários vingam o seu próprio sangue”. O Presidente iraniano, Ebrahim Raisi, também prometeu vingança pela morte do coronel na segunda-feira. “Não tenho dúvidas que a vingança deste mártir é inevitável”, declarou aos meios de comunicação social.

O Irão acusou a “arrogância global” pelo assassínio, um termo utilizado para os Estados Unidos, mas também para os seus aliados, como Israel. Nos últimos anos, Teerão acusou Israel de levar a cabo assassínios contra membros das suas forças de segurança e cientistas nucleares, e também de sabotar as instalações iranianas.

A morte de Khodayari surgiu numa altura em que as negociações para salvar o pacto nuclear de 2015 estavam a ganhar algum ímpeto, após o impasse desde meados de março. Um dos obstáculos ao acordo é a insistência do Irão para que os EUA levantem as sanções contra a Guarda da Revolução, organização a que o coronel Khodayari pertencia.

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