Governo do Líbano convoca reunião após ataque contra força da ONU
O Governo do Líbano convocou uma reunião de emergência, horas depois de um ataque de manifestantes a uma caravana da força de manutenção da paz da ONU no país
![Governo do Líbano convoca reunião após ataque contra força da ONU](https://www.impala.pt/wp-content/uploads/fly-images/1478789/44407980-9999x9999-lt.jpg)
O ministro do Interior, general Ahmad Al-Hajjar, deu as instruções necessárias às autoridades competentes para controlar a situação, trabalhar para identificar os agressores, prendê-los e levá-los à justiça, informou a agência de notícias oficial libanesa ANI.
Al-Hajjar visitou ainda no hospital os dois oficiais feridos e enfatizou “a rejeição do Governo libanês a este ataque que constitui um crime contra as forças de manutenção da paz”.
A missão, conhecida por UNIFIL, disse que os dois oficiais, incluindo o vice-comandante cessante da força de manutenção de paz, ficaram feridos numa caravana que transportava capacetes azuis para o aeroporto de Beirute.
“Estamos chocados com este ataque ultrajante contra as forças de manutenção da paz que têm estado a servir para restaurar a segurança e a estabilidade no sul do Líbano durante um período difícil”, afirmou em comunicado a UNIFIL.
“Ataques aos soldados da paz são violações flagrantes do direito internacional e podem ser considerados crimes de guerra. Exigimos uma investigação completa e imediata pelas autoridades libanesas e que todos os perpetradores sejam levados à justiça”, indica ainda a nota.
Também a coordenadora especial da ONU para o Líbano, Jeanine Hennis-Plasschaert, se pronunciou, considerando “inaceitável” este ato de violência “que ameaça a segurança da equipa das Nações Unidas que trabalha incansavelmente para manter a estabilidade no Líbano, às vezes com grande risco pessoal”.
“Uma investigação completa e transparente deve ser realizada urgentemente para levar os perpetradores à justiça”, instou.
O exército libanês interveio para dispersar os manifestantes e declarou, em comunicado, que o comandante interino, major-general Hassan Odeh, tinha contactado a UNIFIL e prometido “trabalhar para prender os cidadãos que atacaram os seus membros e levá-los à justiça”.
Dezenas de apoiantes do movimento xiita libanês Hezbollah, aliado do Irão, têm bloqueado a estrada para o aeroporto e outras estradas da capital para protestar contra a decisão das autoridades libanesas de revogar a autorização de um avião de passageiros do Irão para voar para Beirute na quinta-feira, deixando dezenas de passageiros libaneses retidos.
A decisão de proibir o avião iraniano foi tomada depois de o exército israelita ter emitido um comunicado em que afirmava que o Irão estava a contrabandear dinheiro para o grupo militante Hezbollah através de voos civis.
A agência libanesa da aviação civil afirmou na quinta-feira que “medidas de segurança adicionais” implicavam que alguns voos fossem temporariamente reprogramados até 18 de fevereiro, dia em que termina o prazo para Israel e o Hezbollah aplicarem integralmente o acordo de cessar-fogo, incluindo a retirada total das forças israelitas do sul do Líbano.
VQ (HN/MYMM) // VQ
By Impala News / Lusa
Siga a Impala no Instagram