Governo moçambicano vai dar apoio extraordinário a autarquias afetadas pelas chuvas

O Governo moçambicano vai transferir verbas extraordinárias para as autarquias afetadas pelas inundações provocadas pelas fortes chuvas ocorridas desde março em vários pontos do país, segundo decreto aprovado hoje em Conselho de Ministros.

Governo moçambicano vai dar apoio extraordinário a autarquias afetadas pelas chuvas

O decreto em causa delega no ministro da Economia e Finanças, Max Tonela, “a competência para definir, por despacho, o montante a transferir, a título extraordinário, às autarquias locais afetadas pelas inundações no corrente exercício económico”.

A delegação de competências “tem como objetivo efetuar transferências extraordinárias às autarquias locais que registaram destruição de infraestruturas em resultado das intempéries registadas” este ano, para “evitar o agravamento das condições de prestação de serviços aos munícipes”, refere-se no comunicado final da 12.ª reunião ordinária do Conselho de Ministros, realizada hoje em Maputo.

“Caberá ao ministro das Finanças, dentro das suas competências e atribuições do setor, verificar como está a sua ‘bolsa’, naturalmente, e, em função disso, definir o que é razoável em função do tipo de destruição que ocorreu em cada ponto”, detalhou o porta-voz da reunião do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa, no final da reunião.

E que, para definir os valores a transferir para cada autarquia afetada, “deverá ser feito não só o levantamento” dos prejuízos, “que tem estado a ser a ser desenvolvido”, mas também “perceber o que é que significa isso e em função da disponibilidade orçamental existente”.

“O mais importante é que (…) foi percebida a incapacidade de os municípios poderem, por si só, realizar ou fazer face às dificuldades encontradas em função das intempéries, e na base disso, então, o Governo poder dar o seu suporte no âmbito do princípio da subsidiariedade que foi estabelecido pela Constituição da República”, apontou ainda Impissa.

O porta-voz da reunião do Conselho de Ministros não adiantou que autarquias serão apoiadas, recordando apenas que na zona sul do país são conhecidas as consequências das chuvas, ventos fortes e inundações nas cidades de Maputo e Matola.

“Todos conhecemos a realidade, são as mais próximas. Mas não são apenas estas. Aqui na zona sul estas tiveram maior dificuldade, mas sabemos também que tivemos Vilanculos com situações extremas também, e outras da zona da zona da zona norte que tiveram muitas chuvas. São vários os distritos e autarquias que tiveram os problemas”, disse ainda.

“O que se vai fazer agora é catalogar, ver quais são as aquelas que entram no pacote, que carecem, de facto, do apoio extraordinário, se o seu orçamento efetivamente não corresponder à capacidade para lidar com estas situações”, concluiu Inocêncio Impissa.

PVJ // JMC

By Impala News / Lusa

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