Governo reage ao voto contra do PCP ao Orçamento de Estado
Decorre no Parlamento a primeira reação do Governo desde o voto contra ao Orçamento anunciado pelo PCP.
O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares considera que o Governo tem feito um “enorme esforço” no sentido de ir ao encontro das propostas do PCP para o Orçamento do Estado (OE). Nunca tínhamos ido tão longe”, afirmou. Duarte Cordeiro enumerou, então, uma por uma, as cedências que o Governo fez ao PCP, com a nova trajetória do aumento do salário mínimo à cabeça, passa pelas alterações do Código do Trabalho e a suspensão “sem prazo” da caducidade da contratação coletiva.
«Será difícil explicar aos portugueses»
“Até ao momento o Governo nunca tinha estado disponível para avançar nestas matérias”, diz, acrescentando à lista a gratuitidade progressiva nas creches, que o Executivo considerou introduzir no Orçamento no debate na especialidade para convencer a esquerda a viabilizar a proposta na primeira votação. Neste fim de semana, diz o secretário de Estado, tinha ainda admitido, garante, “ir mais longe na valorização da carreira de enfermeiro”. “Insistimos que a não viabilização compromete estes avanços”, diz o governante acrescentando que “será difícil explicar aos portugueses que todas estas melhorias nas suas vidas serão postas em causa”, conclui.
Embora Duarte Cordeiro aponte que, tal como os parceiros, o “Governo mostra disponibilidade para negociar até quarta-feira”, aponta longo de seguida que o Governo “não sente por parte dos partidos disponibilidade em matéria alguma”. E volta a acusar o Bloco de se “fechar em nove propostas”.
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