Governo rejeita divergências com diretor da PJ sobre sentimento de insegurança

O ministro da Presidência rejeitou hoje qualquer divergência com o diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ) sobre perceções de insegurança, concordando que existe muita desinformação e afirmando que “nunca foi o Governo que misturou” segurança com imigração.

Governo rejeita divergências com diretor da PJ sobre sentimento de insegurança

Em declarações aos jornalistas no final da segunda reunião do Conselho Nacional para as Migrações e Asilo, que hoje decorreu nos Paços do Concelho, em Lisboa, o ministro António Leitão Amaro rejeitou divergências com o diretor da PJ, que recentemente associou o sentimento de insegurança em Portugal ao aumento da desinformação, sem relação com os números reais de criminalidade.

“Eu, como qualquer governante, também acho que há muita desinformação a circular no debate público. É verdade. Eu não interpreto nenhuma divergência entre o que disse nenhum dos responsáveis das polícias, com quem temos um contacto muito próximo”, disse Leitão Amaro, que referiu haver “vários relatos com vários números”.

O ministro separou também a questão da insegurança do tema da imigração: “O Governo, o primeiro-ministro, eu próprio, a senhora ministra da Administração Interna, inúmeras vezes temos dito sobre a segurança que é um tema diferente do tema da imigração. Nunca foi o Governo que misturou os temas”.

Acrescentou, sobre a mistura de temas, que esta acontece com diferentes intenções e que os crimes devem ser investigados e julgados “por si” e “sem olhar à raça, à nacionalidade, à cor da pele, ao credo religioso”.

“A cor da pele, a nacionalidade, não são razões nem para perseguir nem para ser excluído de investigação”, disse o ministro que tutela a pasta imigração.

O diretor nacional da PJ, Luís Neves, afirmou na sexta-feira que o sentimento de insegurança é gerado pelo aumento da desinformação e ameaças híbridas, salientando que os números de criminalidade violenta desmentem essa ideia.

Rejeitou também que os estrangeiros sejam responsáveis por níveis relevantes de criminalidade em Portugal e sublinhou o peso reduzido que têm na população prisional.

IMA (PJA) // FPA

By Impala News / Lusa

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