Greve ao trabalho suplementar no grupo EDP prolongada até final de janeiro

A federação de sindicatos Fiequimetal entregou um pré-aviso de greve ao trabalho suplementar nas empresas do grupo EDP, entre 02 e 31 de janeiro, prolongando assim a paralisação iniciada em 01 de dezembro, foi hoje anunciado.

Greve ao trabalho suplementar no grupo EDP prolongada até final de janeiro

De acordo com comunicado da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal), “na reunião de negociação, dia 13, os representantes da administração voltaram a não apresentar propostas relativamente às reivindicações que estão colocadas”.

Os sindicatos exigem a “valorização das carreiras profissionais e da antiguidade” e a “reposição da justiça laboral”, e acusam a administração de “insistir em que se trate da tabela salarial” sem assumir “as suas responsabilidades no problema das admissões recentes em bases remuneratórias [BR] superiores às de trabalhadores com mais anos de experiência”.

“A administração não pode vir agora, à pressa, agitar a tabela salarial (propondo valor de aumento somente à BR2, deixando as restantes em incógnita) e o protocolo de carreiras, para recusar a exigência dos trabalhadores”, apontou a Fiequimetal.

Os sindicatos representativos de trabalhadores da EDP convocaram uma greve ao trabalho suplementar a partir de 01 de dezembro e, inicialmente, até 01 de janeiro.

Hugo Soares, secretário executivo do Sindel (Sindicato Nacional da Indústria e da Energia), disse à Lusa que esta forma de luta foi decidida depois de a empresa não ter manifestado disponibilidade para aceitar as reivindicações dos trabalhadores.

De acordo com o texto reivindicativo dos trabalhadores, que foi entregue à empresa em outubro, as novas contratações estão a receber uma remuneração superior à paga aos colaboradores mais antigos, com a justificação de que existe escassez no mercado e que estes têm mais experiência técnica.

O pré-aviso de greve abrange o prolongamento ou antecipação do horário normal de trabalho, dias de folga, feriados e casos de prevenção, entre outros.

A frente sindical que convocou esta greve inclui a Associação Sindical dos Trabalhadores do Setor Energético e Telecomunicações (ASOSI), a Fiequimetal, o Sindicato das Indústrias, Energia e Águas de Portugal (SIEAP), o Sindicato Nacional da Indústria e da Energia (Sindel), o Sindicato Inovação Energética (Sinovai) e o Sindicato da Indústria e Energia de Portugal (Sirep).

 

MPE (EO/PE) // JNM

By Impala News / Lusa

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