Greve de 24 horas no Metro de Lisboa com adesão de 44%, segundo a empresa
A greve de 24 horas dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa, que obrigou à interrupção da circulação desde as 23:00 de quarta-feira, registou à tarde uma adesão de 44,45%, anunciou hoje a empresa.
A greve de 24 horas dos trabalhadores do Metro de Lisboa, que obrigou à interrupção da circulação desde as 23:00 de quarta-feira, registou à tarde uma adesão de 44,45%, anunciou hoje a empresa. “Na sequência da greve de 24 horas convocada pelas organizações sindicais para hoje, dia 04 de novembro, para a generalidade dos trabalhadores, o Metropolitano de Lisboa informa que o índice global de adesão à mesma atingiu, às 15:00, 44,45% em relação ao número total de trabalhadores escalados (1.064 trabalhadores) para o referido período”, lê-se num comunicado.
A greve decorre desde as 00:00 de hoje, contra o congelamento de salários e para reivindicar progressões na carreira, num protesto que causou grandes filas nas paragens de autocarros da cidade. Apesar de a paralisação só ter começado às 00:00, a empresa teve de encerrar as estações desde as 23:00 de quarta-feira. “O Metropolitano de Lisboa encontra-se recetivo à discussão das propostas apresentadas pelas entidades sindicais, sendo as mesmas objeto de negociação”, acrescenta a empresa.
A circulação no Metropolitano só deverá ser retomada às 06:30 de sexta-feira. Esta é a segunda greve no Metropolitano de Lisboa esta semana, depois de na terça-feira ter havido uma paralisação parcial de manhã, com a circulação de comboios a começar cerca das 10:00. Em 26 e 28 de outubro, os trabalhadores já tinham feito greves parciais semelhantes à de terça-feira.
Segundo a empresa, nessas greves parciais, a adesão global ao protesto situou-se entre os 42,62% e os 46,26%, enquanto a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS) afirmou que a adesão foi “elevada”, sem adiantar números. Os trabalhadores já fizeram greves parciais em maio e junho, tendo em conta as mesmas reivindicações.
Na origem das paralisações está o protesto contra o congelamento salarial e a luta pela aplicação de todos os compromissos assumidos pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática, em que se inclui a prorrogação do Acordo de Empresa, pelo preenchimento imediato do quadro operacional e pelas progressões na carreira. O Metropolitano de Lisboa opera com as linhas Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião), das 06:30 às 01:00, todos os dias.
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