Greve dos ferroviários «não tem justificação», diz o Governo
O Governo explica também que os sindicatos ferroviários marcaram a paralisação contra um regulamento que existe desde 1999.
“Não conseguimos perceber, o Governo não fez nenhuma alteração nestes dois anos e meio e não conta fazer nenhuma alteração”, disse hoje aos jornalistas o secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme d’Oliveira Martins a propósito da greve dos trabalhadores ferroviários da CP, Medway e Takargo agendada para segunda-feira.
A greve é contra a possibilidade de circulação de comboios com um único agente, o que segundo os sindicatos põe em causa a segurança ferroviária. Segundo os sindicatos subscritores do pré-aviso “é preciso que não subsistam dúvidas no Regulamento Geral de Segurança” (RGS).
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Oliveira Martins explicou que a norma faz parte do RGS, de 1999, que nunca foi alterado nem por este nem por governos anteriores “e que mantém como regra os dois agentes, e em algumas exceções admite, com restrições e sujeito a fiscalização, o agente único”.
Além disso, acrescentou o responsável, a CP tem uma norma interna que apenas permite os dois agentes em circulação, “não admitindo agente único”
“Portanto há aqui uma falta de justificação” e vai haver um prejuízo para os utentes por algo que o Governo entende que não se justifica, disse o secretário de Estado.
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