Greve na Transtejo com adesão de 39% durante a manhã
A greve parcial dos trabalhadores da Transtejo, que assegura as ligações fluviais entre Lisboa e a margem sul, por aumentos salariais e mais contratações, registou hoje de manhã uma adesão de 39%, segundo dados da empresa.
A greve parcial dos trabalhadores da Transtejo, que assegura as ligações fluviais entre Lisboa e a margem sul, por aumentos salariais e mais contratações, registou hoje de manhã uma adesão de 39%, segundo dados da empresa. Em comunicado enviado à Lusa, a empresa adianta que no terceiro dia de greve, durante o período da manhã, a adesão por parte dos trabalhadores “foi de 39%”.
À semelhança de terça-feira, de acordo com a empresa, o serviço de transporte das ligações fluviais de Cacilhas, Montijo e Seixal foi iniciado com normalidade e antes dos horários previstos, nomeadamente Cacilhas – Cais do Sodré, pelas 09:55, Montijo – Cais do Sodré 09:00 e Seixal – Cais do Sodré 09:15. No que respeita à ligação fluvial Trafaria — Porto Brandão — Belém, a empresa prevê a retoma das ligações pelas 15:12.
Já em relação à greve dos trabalhadores da Soflusa, iniciada segunda-feira, após as 22:55, foi registada hoje “uma adesão de 3%” do total dos trabalhadores abrangidos pelo aviso prévio. “Desde as 05:20 até às 13:00, a ligação fluvial foi assegurada por cinco navios”, refere a nota da empresa.
Os trabalhadores da Transtejo iniciaram na segunda-feira um ciclo de greves, de três horas por turno de serviço, que durará até à próxima sexta-feira. Por seu lado, os trabalhadores da Soflusa iniciaram na terça-feira um ciclo de quatro dias de greve, com paralisação durante todo o período de trabalho.
Vão registar-se, na Soflusa, interrupções na carreira fluvial do Barreiro para o Terreiro do Paço (Lisboa) até 23 de julho, sendo o último barco às 22:25 e o primeiro às 00:05 do dia seguinte. O mesmo se verifica na carreira fluvial do Terreiro do Paço para o Barreiro, sendo o último barco às 22:50 e o primeiro às 00:30 do dia seguinte. A empresa alerta que, durante o período de greve, os terminais estarão encerrados por motivos de segurança.
As interrupções na Transtejo afetam as carreiras fluviais de Cacilhas (Almada) para o Cais do Sodré (Lisboa) e no sentido inverso, com especial incidência nas “horas de ponta” da manhã e da tarde. A agência Lusa tentou sem sucesso obter dados destas greves junto de fonte sindical.
De acordo com a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), os trabalhadores exigem o aumento dos salários e medidas que combatam a degradação do serviço público, devido à falta de trabalhadores e ao envelhecimento da frota. Atualmente, adianta a estrutura sindical, a Transtejo já tem navios novos (do concurso de navios elétricos), mas por falta de baterias os mesmos estão imobilizados. Por outro lado, por falta de trabalhadores “há recurso a imensas horas extraordinárias, havendo trabalhadores com horários de 16 horas por dia”. Desde o início do ano, mais de mil circulações não foram efetuadas.
A Transtejo e a Soflusa têm a mesma administração e ambas asseguram as ligações fluviais entre a margem sul e Lisboa. A Transtejo é responsável pela ligação do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, a Lisboa, enquanto a Soflusa faz a travessia entre o Barreiro, também no distrito de Setúbal, e o Terreiro do Paço, em Lisboa.
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