Guerra na Ucrânia e abusos sexuais na Igreja em Portugal são acontecimentos do ano
A guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro após a invasão pela Rússia, foi escolhido o acontecimento internacional do ano de 2022 pelos jornalistas da agência Lusa, que elegeram os abusos sexuais na Igreja Católica como o acontecimento nacional.
A guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro após a invasão pela Rússia, foi escolhido o acontecimento internacional do ano de 2022 pelos jornalistas da agência Lusa, que elegeram os abusos sexuais na Igreja Católica como o acontecimento nacional. Na votação, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que se tornou símbolo da resistência à invasão russa, é o eleito para a figura internacional, enquanto a personalidade nacional é António Costa, primeiro-ministro há sete anos e que conquistou para o PS uma maioria absoluta nas eleições de 2022. O Brasil dominou as escolhas dos jornalistas da agência, que escolheram as eleições brasileiras como acontecimento do ano e Lula da Silva figura na lusofonia. Nestas escolhas participaram 94 jornalistas da Lusa e 89 votaram na guerra na Ucrânia, seguindo-se, com três votos, o impacto das alterações climáticas como acontecimento internacional.
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Zelensky foi votado por 63 jornalistas, seguindo-se Mahsa Amini (18 votos), a jovem iraniana de 22 anos, que morreu após a sua prisão pela polícia de moralidade, por ter mal colocado o véu que encobria os cabelos, Vladimir Putin (oito votos), o presidente russo que ordenou a invasão da Ucrânia, e Xi Jinping, Presidente chinês, (um voto), que viu reforçada a sua liderança quase absoluta sobre o partido na sequência do 20.º congresso do Partido Comunista Chinês. Já António Costa obteve 38 votos, mais nove do que os jovens eco-ativistas, que ocuparam pacificamente escolas e universidades em defesa do fim dos combustíveis fósseis. O atleta Pablo Pichardo, campeão europeu e mundial do triplo salto em 2022, recolheu 20 votos.
Zelensky foi votado por 63 jornalistas, seguindo-se Mahsa Amini (18 votos)
Nos acontecimentos nacionais, o caso dos abusos sexuais na Igreja Católica, que este ano abalaram a instituição e a sociedade portuguesa, teve 39 votos, enquanto a crise inflacionista, que a guerra na Ucrânia agravou, aumentando os preços de bens essenciais e as dificuldades para muitos portugueses, recolheu 32 votos. A maioria absoluta do PS, ganha por António Costa sete anos depois de ter chegado ao poder, teve 21 votos. Na Lusofonia, Luís Inácio Lula da Silva, que venceu Jair Bolsonaro e regressou à Presidência do Brasil, foi escolhido, por 75 jornalistas, personalidade de 2022, muito à frente de José Ramos-Horta, presidente de Timor-Leste, outro regressado ao poder, e Patrice Trovoada, regressou a São Tomé e Príncipe e recuperou o poder, conquistando maioria absoluta no parlamento.
Quanto aos acontecimentos, as eleições que ditaram uma mudança política no Brasil foi escolhido por 82 jornalistas. As restantes escolhas foram a morte do ex-presidente José Eduardo dos Santos (seis votos), o homem mais poderoso da história recente de Angola, país que governou durante 38 anos, de 1979 a 2017 e as eleições angolanas, as mais disputadas desde os anos 1990, que retiraram a maioria qualificada ao partido no poder desde a independência, Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA). A lista de temas em votação resultou do debate entre a Direção de Informação e os editores da agência. A votação, por email, decorreu entre 05 e 14 de dezembro. Desde 2016 que os jornalistas escolhem os acontecimentos e figuras do ano nacionais, internacionais e na lusofonia. A Lusa divulga hoje textos sobre os acontecimentos e personalidades de 2022, resultado das escolhas das escolhas dos jornalistas da Lusa.
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