Guiné-Bissau começa a pagar IVA em janeiro de 2025
O Diretor-Geral das Contribuições e Impostos da Guiné-Bissau anunciou hoje que, a partir de 01 de janeiro próximo, entra em vigor o Imposto sobre Valor Acrescentado, que considerou um “marco importante” na modernização do sistema fiscal do país.
Ufé Vieira falava hoje na abertura de um seminário de capacitação de técnicos da Direção-Geral das Contribuições e Impostos (DGCI) sobre os contornos da aplicação do Imposto sobre Valor Acrescentado (IVA), que, disse, “irá aproximar a Guiné-Bissau do padrão vigente” na sub-região africana, nomeadamente na União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA).
O diretor dos Impostos da Guiné-Bissau disse acreditar que o IVA irá potenciar um ambiente de trabalho de investimentos “atrativo” e, como consequência, permitirá ao país modernizar a sua administração tributária e mobilizar mais receitas fiscais.
Ufé Vieira assinalou que, com a entrada em vigor do IVA, deixará de ser cobrado o IGV (Imposto Geral sobre Vendas), que era praticado desde os anos 1990 e que se “mostrava impraticável”, tanto na aplicação do imposto devido ao Estado como no controlo das isenções de várias entidades.
“Sobraram razões para substituir o IGV pelo IVA”, afirmou.
Uma fonte da DGCI explicou à Lusa que o IVA vai ser pago por produtores, grossistas, importadores e consumidores, ao contrário do IGV que incidia sobre vendas a uma taxa única de 19%.
A mesma fonte indicou que o IVA terá duas taxas: uma reduzida, de 10%, e outra normal, de 19%. Estão isentas de pagamento do IVA operações de exportação de bens, notou a fonte da DGCI, adiantando ser possível liquidar o IVA através de uma página na internet.
“O IVA, quando implementado corretamente, terá potencial de simplificar o nosso sistema tributário, de aumentar arrecadação [de receitas] e promover a formalização da economia guineense”, sublinhou o diretor-geral dos Impostos.
Ufé Vieira afirmou que o país vive uma fase de transição fiscal e sublinhou que o incumprimento no pagamento do IVA trará consequências como multas e coimas.
MB // MLL
By Impala News / Lusa
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