Hong Kong perdeu mais de 113 mil habitantes no último ano
Hong Kong perdeu 113.200 habitantes nos últimos 12 meses, um recorde anual desde o primeiro censo, em 1961, segundo dados oficiais relativos ao segundo trimestre deste ano.
Hong Kong perdeu 113.200 habitantes nos últimos 12 meses, um recorde anual desde o primeiro censo, em 1961, segundo dados oficiais relativos ao segundo trimestre deste ano. De acordo com as últimas estimativas, Hong Kong tem 7.291.600 habitantes, menos 1,6% do que no mesmo período do ano passado, de acordo com os números divulgados na quinta-feira. A perda de habitantes deveu-se em parte às restrições fronteiriças impostas para combater a pandemia de covid-19, que “interromperam o afluxo de pessoas”, reconheceu um porta-voz do Governo.
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A população do território começou a diminuir em 2020 e o declínio não mostra sinais de parar, de acordo com os números oficiais. Outrora um centro de transportes e logística asiático, Hong Kong ficou isolada do mundo durante mais de dois anos devido às políticas anti-pandémicas, de acordo com a estratégia de zero casos da China. O declínio da população também faz parte de uma tendência mais ampla de saída de Hong Kong, com muitos a optarem por ir para o estrangeiro em resposta à repressão de Pequim contra a dissidência, após os protestos pró-democracia de 2019. O Governo tem sistematicamente minimizado estas partidas, dizendo que muitos acabarão por regressar ou poderão ser substituídos por residentes do continente. As autoridades culpam ainda a baixa taxa de natalidade da cidade, que combina uma população envelhecida com uma das mais baixas taxas de fertilidade da Ásia.
O declínio da população também faz parte de uma tendência mais ampla de saída de Hong Kong, com muitos a optarem por ir para o estrangeiro em resposta à repressão de Pequim contra a dissidência, após os protestos pró-democracia de 2019
No ano passado, Hong Kong registou mais 26.500 mortes do que nascimentos. A imigração da China continental era um dos principais motores demográficos em Hong Kong, mas os números recentes têm-se mantido baixos devido ao encerramento das fronteiras. Na vizinha Macau, também uma região administrativa especial chinesa, continua a assistir-se à saída de trabalhadores não-residentes, numa cidade que também segue a política de zero casos de Pequim e cuja economia tem sido significativamente afetada pela pandemia de covid-19. No final de junho, “a população total era composta por 677.300 pessoas, menos 4.400, em termos trimestrais, devido principalmente à diminuição do número de trabalhadores não residentes domiciliados em Macau”, informou, também na quinta-feira, a Direção dos Serviços de Estatística e Censos. Trata-se de uma tendência que se arrasta desde os primeiros casos detetados em Macau e a imposição de medidas de prevenção restritivas decretadas pelas autoridades. Uma consulta aos dados oficiais revela que em junho de 2019, o último ano pré-pandémico, o número de trabalhadores não-residentes rondava os 190 mil. No final do segundo trimestre deste ano esse número caiu para pouco mais de 162 mil.
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