Hóspedes dos hotéis de Macau caem 6,3% apesar do Ano Novo Lunar

Os estabelecimentos hoteleiros de Macau acolheram 2,38 milhões de hóspedes nos primeiros dois meses do ano, menos 6,3% do que no mesmo período de 2024, apesar do Ano Novo Lunar, foi hoje anunciado.

Hóspedes dos hotéis de Macau caem 6,3% apesar do Ano Novo Lunar

De acordo com dados oficiais da Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), o número de hóspedes nos hotéis e pensões da região semiautónoma chinesa caiu 7,8% em fevereiro, depois de já ter descido 4,7% em janeiro.

Isto apesar da chamada “semana dourada” do Ano Novo Lunar, um período de feriados na China continental. Esta época alta para o turismo em Macau, que muda consoante o calendário lunar, decorreu entre 28 de janeiro e 04 de fevereiro.

Macau recebeu, nos primeiros dois meses de 2025, 6,79 milhões de visitantes, o segundo valor mais elevado de sempre para um arranque de ano.

Mais de 59% dos visitantes (4,04 milhões) chegaram em excursões organizadas e passaram menos de um dia na cidade.

O número de hóspedes caiu em fevereiro apesar dos hotéis terem descido os preços médios dos quartos para 1.408 patacas (163 euros), menos 8,8% do que no mesmo mês de 2024, de acordo com dados da Associação de Hotéis de Macau, que reúne 47 estabelecimentos locais.

Segundo o relatório, divulgado pela Direção dos Serviços de Turismo, a queda deveu-se aos hotéis de cinco estrelas, cujo preço médio caiu 9,7%, para 1.582 patacas (183 euros), e aos hotéis de três estrelas, que registaram uma descida de 8,4% para 967 patacas (112 euros).

Apesar da diminuição no número de hóspedes, a ocupação média dos hotéis e pensões de Macau subiu para 90,7% em janeiro e fevereiro, mais 5,2 pontos percentuais do que no mesmo período de 2024.

Isto porque o número de quartos disponíveis em Macau diminuiu 5,7% em comparação com fevereiro do ano passado, para cerca de 44 mil.

Os estabelecimentos hoteleiros de Macau acolheram mais de 14,4 milhões de hóspedes em 2024, estabelecendo um novo recorde histórico.

O anterior recorde, 14,1 milhões de hóspedes, tinha sido fixado em 2019, antes da pandemia de covid-19, num ano que Macau terminou com apenas 38.300 quartos em 122 estabelecimentos hoteleiros.

Em fevereiro, o território tinha 147 hotéis e pensões, mais seis do que no ano passado e o número mais elevado desde que a DSEC começou a compilar estes dados, em 1997, ainda antes da transição de administração de Portugal para a China.

No final de março, a agência de notação financeira Fitch previu que o crescimento da economia de Macau irá desacelerar para 6,9% este ano, devido a uma recuperação “mais lenta” do turismo e do jogo.

Os analistas da Fitch sublinharam as “políticas de vistos favoráveis para os visitantes da China continental, investimentos não relacionados com o jogo e infraestruturas turísticas melhoradas”.

Desde 01 de janeiro que os residentes da vizinha cidade de Zhuhai podem visitar Macau uma vez por semana e ficar até sete dias.

Ainda assim, a agência sublinhou que os números do turismo e do jogo terão uma “recuperação contínua, mas mais lenta” em 2025, em comparação com o ano passado.

VQ (CAD) // JMC

By Impala News / Lusa

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