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Ilhas Cook discutem cooperação com China apesar de preocupação da Nova Zelândia
Durante a viagem à China, que começou na segunda-feira e termina na sexta-feira, Mark Brown deve assinar um acordo de parceria com Pequim, cujos pormenores não são conhecidos.
A Nova Zelândia, país com o qual as Ilhas Cook têm uma parceria de segurança, demonstrou preocupação com esta visita.
Brown afirmou, em comunicado, que espera “poder partilhar mais informações nos próximos dias”, à medida que os principais acordos são finalizados.
A viagem suscitou preocupações por parte do governo neozelandês sobre a alegada falta de transparência no acordo planeado entre as Ilhas Cook e a China, numa altura em que Pequim procura aumentar a influência no Pacífico Sul.
As Ilhas Cook têm o seu próprio governo, mas a sua política externa e de defesa está sob o controlo da Nova Zelândia, que é obrigada a ajudá-las em situações de emergência.
Em contrapartida, os cerca de 17 mil habitantes das Ilhas Cook têm cidadania neozelandesa e podem viver, trabalhar e aceder aos serviços públicos da Nova Zelândia.
Brown afirmou que, durante a visita, manteve conversações com instituições chinesas “sobre ciência marinha, resistência climática e cooperação económica” que “abriram a porta a novas áreas de colaboração”, incluindo a exploração em mar profundo e a aquicultura.
“Quero garantir ao nosso povo que todas as conversas são guiadas pelo que é melhor para as Ilhas Cook: assegurar que as nossas parcerias apoiam o crescimento económico, a sustentabilidade ambiental e a soberania nacional”, afirmou o político.
Brown já tinha garantido à Nova Zelândia que o acordo não teria impacto nas suas relações e que não haveria surpresas no domínio da segurança.
A oposição nas Ilhas Cook não ficou satisfeita, tendo apresentado, na quarta-feira, uma moção de censura contra Brown por causa da tensão com a Nova Zelândia, segundo a imprensa local.
Em 2022, a China e as Ilhas Salomão, um parceiro histórico da Austrália e da Nova Zelândia, assinaram um acordo bilateral de cooperação em matéria de segurança que alterou a dinâmica regional e deu lugar a um braço de ferro entre Pequim, Washington e os seus aliados por influência nas ilhas do Pacífico.
As relações entre a Nova Zelândia e as Ilhas Cook, que foram uma colónia neozelandesa entre 1901 e 1965, não são as melhores, depois de Wellington ter rejeitado, em dezembro, uma proposta do seu parceiro para poder utilizar o seu próprio passaporte e não o emitido pelas autoridades neozelandesas, como até agora.
O Governo neozelandês indicou que o seu próprio passaporte equivaleria a alterar o estatuto de cidadania das Ilhas Cook e que isso implicaria a alteração da parceria.
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By Impala News / Lusa
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