Irão: UE condena “ato de terror” durante homenagem a general
A União Europeia (UE) condenou hoje “da maneira mais veemente” o “ato de terror” ocorrido em Kerman, no sul do Irão, durante uma cerimónia de homenagem ao general Qassem Soleimani que fez pelo menos 103 mortos.
Uma dupla explosão ocorreu hoje perto da mesquita Saheb al-Zaman, onde se encontra o túmulo do general Qassem Soleimani, morto em janeiro de 2020 num ataque de um ‘drone’ (aeronave sem tripulação) norte-americano no Iraque.
Uma multidão compacta de representantes do regime e de pessoas anónimas tinha-se reunido no local para uma cerimónia comemorativa, segundo relatou a agência francesa AFP. As autoridades iranianas contabilizaram também pelo menos 141 feridos.
Em comunicado, o Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE) da UE “condenou da maneira mais veemente” o ataque e expressou a sua solidariedade para com a população iraniana.
“Este ato de terror provocou um número chocante de civis mortos e feridos. Os responsáveis têm de ser levados à justiça”, acrescentou o serviço diplomático do bloco europeu.
O ataque foi descrito como um ato terrorista por Rahman Jalali, vice-governador da província de Kerman, no sul do Irão.
Não foi feita qualquer reivindicação imediata de responsabilidade.
O Irão decretou entretanto um dia de luto nacional na quinta-feira, noticiaram os meios de comunicação oficiais.
Figura-chave do regime iraniano, Qassem Soleimani era também uma das figuras públicas mais populares do país.
Soleimani, comandante de uma força de elite da Guarda Revolucionária, foi o arquiteto das atividades militares regionais do Irão e é aclamado como um ícone entre os apoiantes da teocracia iraniana, segundo a agência norte-americana AP.
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By Impala News / Lusa
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