João Lourenço elege Sudão como prioridade quando for presidente da União Africana

O Presidente angolano disse hoje em Luanda, que elegeu a situação no Sudão para o “topo das prioridades” da sua agenda quando assumir a presidência da União Africana, em fevereiro de 2025.

João Lourenço elege Sudão como prioridade quando for presidente da União Africana

João Lourenço, que discursava na qualidade de líder do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder, realçou o trabalho para o fim do conflito nos Grandes Lagos, que opõe da República Democrática do Congo (RDCongo) ao Ruanda e falou de outros conflitos na região que estarão na sua agenda.

“A situação no Sudão estará no topo das prioridades da minha agenda, logo que assumir a presidência da União Africana, em fevereiro de 2025”, disse João Lourenço.

Sobre o conflito na RDCongo, que dura há vários anos, João Lourenço, disse que “desestabiliza toda região rica em recursos minerais, que numa situação de paz deviam contribuir para o desenvolvimento económico e social daqueles países”.

Angola, sob liderança do seu Presidente da República, é o mediador do conflito entre estes dois países, na busca de uma solução pacífica para o fim divergências entre ambos Estados, através de esforços diplomáticos.

No domingo, estava marcada a cimeira tripartida de Luanda — Angola, RDCongo e Ruanda, sob mediação angolana, para a paz no leste congolês — acabou por não acontecer porque apenas compareceu na capital angolana o Presidente da RDCongo, Félix Tshisekedi.

O Governo ruandês disse no domingo que o adiamento da cimeira tripartida de Luanda sobre a paz na RDCongo se deveu a “questões críticas por resolver” e acusou as autoridades congolesas de ameaças.

Em causa, segundo um comunicado do Governo ruandês, estão conversações diretas com o grupo armado M23 para alcançar uma solução política para o conflito no leste da RD Congo, ponto sobre o qual não houve consenso na reunião de sábado.

Em declarações aos jornalistas, o chefe da diplomacia angolana adiantou que o acordo apresentado por João Lourenço para negociação entre RDCongo e Ruanda estava negociado “a 99%” e envolve três questões, a primeira das quais, relativa ao desengajamento das forças, a segunda sobre a neutralização das Forças Democráticas pela Libertação do Ruanda (FDLR) e a terceira sobre o M23″.

Segundo Téte António, o último ponto foi negociado a nível ministerial no sábado “até muito tarde”, não tendo sido possível chegar “a uma convergência de pontos de vista”.

NME // ANP

By Impala News / Lusa

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