Jovem de 16 anos morreu por ferimentos causados por disparos de soldados israelitas
Um palestiniano de 16 anos morreu na última noite em Gaza por ferimentos causados por disparos de soldados israelitas durante os protestos da Grande Marcha do Retorno, em agosto, na fronteira com Israel, informaram fontes médicas palestinianas.
O porta-voz do Ministério da Saúde palestiniano, Ashraf al Qedra, identificou o morto como sendo Suhaib Abu Kashef, ferido na manifestação de há mês e meio no sul da Faixa de Gaza, nas imediações de Jan Yunis.
Este falecimento junta-se à morte de outros três palestinianos nos protestos da última sexta-feira, incluindo um menor.
Entretanto, dia 16, um homem israelita foi ferido com gravidade por arma branca quando foi atacado por um palestiniano num centro comercial em Gush Etzion, na Cisjordânia ocupada, informou um porta-voz do Exército israelita.
Além de pretender chamar a atenção mundial para os quase 12 anos de bloqueio israelita, que começou quando o movimento islamita Hamas tomou o poder em 2007 e expulsou as forças nacionalistas da Fatah, as manifestações palestinianas reivindicam também o direito do retorno dos palestinianos.
Até agora, os esforços de mediação egípcios e do enviado especial das Nações Unidas, Nicolay Mladenov, não conseguiram chegar a um pacto de cessar-fogo duradoiro entre o Hamas e Israel.
Desde 30 de março passado, quando se iniciaram as manifestações, 168 palestinianos morreram por disparos de soldados israelitas durante os protestos ou incidentes violentos na fronteira e uma dúzia de bombardeamentos sobre posições islamitas.
No sábado, centenas de pessoas reuniram-se no funeral do menino Shadi Abdel-al, um dos três mortos nos protestos de sexta-feira em circunstâncias que estão a ser investigadas.
Inicialmente, o Ministério da Saúde palestiniano informou que tinha 14 anos, mas depois corrigiu para 11 e, se bem que afirmou que morreu por disparos de soldados israelitas, o Exército israelita assegurou que os testes indicam que o menor terá sido atingido por uma pedra atirada por outros manifestantes e grupos de direitos humanos em Gaza, segundo jornal Times de Israel.
O Exército israelita acusa o Hamas de usar os protestos para danificar a fronteira, infiltrar-se e cometer ataques, e assegura que as imediações da fronteira “não são um lugar seguro”.
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