Liberais admitem derrota e incerteza sobre presença no Parlamento alemão

O candidato do Partido Liberal alemão (FDP), Christian Lindner, reconheceu hoje a derrota do seu partido, que poderá perder a sua representação no parlamento caso não atinja os 5% necessários para obter um lugar no parlamento.

Liberais admitem derrota e incerteza sobre presença no Parlamento alemão

“É uma derrota para os Liberais Democratas, mas não é uma derrota para o liberalismo político”, afirmou Lindner, antigo ministro das Finanças que se incompatibilizou com o antigo chanceler, Olaf Scholz, e cuja demissão em novembro levou à dissolução da coligação governamental.

O líder liberal adiantou ainda que será necessário “manter a calma” ao longo da noite eleitoral, uma vez que os resultados das eleições poderam ser analisados e discutidos no dia seguinte.

“A partir de amanhã [segunda-feira], voltaremos a erguer a bandeira dos Liberais Democratas, seja ela qual for”, sublinhou Lindner, acrescentando que “os Liberais Democratas fazem parte desta república, porque o liberalismo político faz parte desta república”.

O antigo ministro agradeceu também aos voluntários do partido e garantiu-lhes que não foram responsáveis pelo resultado do partido.

“Não fomos capazes de demonstrar os êxitos que tivemos na coligação” entre os sociais-democratas, os verdes e os liberais, “nem as razões do seu fracasso”, disse, referindo-se à dissolução do governo, formado por uma coligação tripartida, em novembro passado, provocada pela sua demissão como ministro das Finanças e pela saída de dois dos outros três ministros liberais.

As projeções das sondagens à boca das urnas publicadas pelas televisões públicas ARD e ZDF deixam os liberais fora do parlamento, com 4,9% dos votos.

De acordo com as projeções, o bloco conservador, formado pela União Democrata-Cristã (CDU) e pela congénere bávara União Social-Cristã (CSU), venceu as eleições com cerca de 29% dos votos, seguido pelo partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que quase duplicou a sua votação de 2021, para 19,5%.

O Partido Social-Democrata (SPD), do chanceler cessante Olaf Scholz, terá obtido cerca de 16%, enquanto os Verdes, parceiro de coligação, tiveram entre 12,4 e 13% dos votos. A Esquerda (Die Linke) terá alcançado cerca de 8,5%, acima dos 4,9% de 2012.

JYFR (JH) //APN

By Impala News / Lusa

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