Libertado ex-diretor da polícia suspeito de interferir nas presidenciais de 2022 no Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil determinou hoje a libertação, sujeito a medidas de coação, do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, suspeito de tentar interferir nas eleições presidenciais de 2022.

Libertado ex-diretor da polícia suspeito de interferir nas presidenciais de 2022 no Brasil

Vasques estava preso desde 09 de agosto de 2023 por ordem do mesmo juiz do STF que hoje determinou a sua libertação, Alexandre de Moraes, acusado de tentar interferir na segunda volta das eleições presidenciais de 2022 para beneficiar o ex-Presidente Jair Bolsonaro, de quem é apoiante declarado.

Fora da prisão enquanto aguarda o avanço das investigações e a possibildiade de ser arguido e ir a julgamento, o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal brasileira terá que usar pulseira eletrónica, fica obrigado a apresentar-se à Justiça periodicamente, está proibido de deixar o país, de uso e porte de armas de fogo, de usar as redes sociais e de comunicar com outros investigados.

Vasques é suspeito de ter ordenado bloqueios em estradas para tentar atrapalhar a deslocação de eleitores do atual Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, na segunda volta das presidenciais.

Em 30 de outubro de 2022, dia da votação que definiu a mudança de Governo, a PRF brasileira realizou operações que interferiram na movimentação de eleitores, sobretudo no nordeste, onde Lula da Silva tinha vantagem sobre o ex-Presidente Jair Bolsonaro nas sondagens de intenção de voto.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chegou a pedir explicações à PRF após receber denúncias de operações nas estradas que teriam dificultado a circulação de eleitores.

O juiz e então presidente do TSE Alexandre de Moraes convocou Vasques no dia da eleição para explicar o motivo dessas operações, apesar de a autoridade eleitoral já ter proibido qualquer ação policial que pudesse dificultar o transporte de eleitores.

Além de explicar as barreiras nas estradas que estavam proibidas, o ex-chefe da polícia rodoviária brasileira foi criticado por ter publicado nas redes sociais uma imagem em que pediu o voto em Bolsonaro.

Vasques publicou uma foto da bandeira do Brasil com as frases “vote 22. Bolsonaro Presidente”.

 

CYR // MLL

By Impala News / Lusa

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