Líder do PSD diz que Portugal vive “uma democracia incompleta”
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, defendeu que Portugal vive hoje “uma democracia incompleta” porque o Governo não respeita o parlamento e acusou o primeiro-ministro de “dizer falsidades” sobre a criação de riqueza em 2014 e 2015.
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, defendeu que Portugal vive hoje “uma democracia incompleta” porque o Governo não respeita o parlamento e acusou o primeiro-ministro de “dizer falsidades” sobre a criação de riqueza em 2014 e 2015.
“Hoje vivemos infelizmente no nosso país uma democracia incompleta, não é que não estejamos a ser governados por um governo que não tenha o apoio do parlamento. É porque este Governo não respeita o parlamento e isso é alguma coisa que, para alguém que já foi primeiro-ministro como eu, mete alguma impressão”, acusou Passos Coelho, num jantar-comício de apoio ao candidato autárquico do PSD em Paredes, Rui Moutinho.
No seu discurso, o líder do PSD não se referiu diretamente ao caso que está a marcar a atualidade, o relatório noticiado pelo Expresso sobre o furto de material de guerra em Tancos, mas que o primeiro-ministro diz não ter sido produzido por nenhum serviço de informação do Estado, mas insistiu em saber porque não divulga o Governo ao parlamento o parecer do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras sobre a lei da imigração.
“É uma invenção jornalística esse parecer ou existe mesmo e se existe porque não está no parlamento? Doutor António Costa existe ou não existe esse parecer, onde é que ele está?”, questionou.
Passos Coelho dirigiu-se ainda diretamente ao primeiro-ministro, para “corrigir” uma afirmação feita por António Costa de que teria havido destruição de riqueza entre 2011 e 2015.
“O primeiro-ministro deve achar que por repetir muitas vezes estas falsidades elas passam a ser verdade. Doutor António Costa, que triste é eu estar a corrigir alguém que é primeiro-ministro, em 2014 e 2015 não houve destruição de riqueza, houve criação de riqueza”, defendeu.
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