Líderes da UE reunidos em maio para debater Defesa, Energia e Ucrânia
A cimeira extraordinária de chefes de Estado e de Governo da UE acontece a 30 e 31 de maio e, até lá, a Comissão Europeia deverá apresentar o seu plano para a total independência energética.
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O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, anunciou hoje a realização de uma cimeira extraordinária de chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) a 30 e 31 de maio, consagrada à Defesa, Energia e Ucrânia. “Tal como discutido em Versalhes [França] e durante o último Conselho Europeu, um Conselho Europeu especial terá lugar a 30 e 31 de maio. Na agenda estão nomeadamente Defesa, Energia e Ucrânia”, escreveu o dirigente belga na sua conta oficial na rede social Twitter. A celebração deste Conselho Europeu havia sido já debatida pelos líderes europeus nas duas cimeiras realizadas em março, designadamente a cimeira informal de 10 e 11 de março em Versalhes, e a formal dos passados dias 24 e 25, em Bruxelas, ambas consagradas aos mesmos temas.
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Até esta cimeira extraordinária no final de maio, a Comissão Europeia deverá apresentar o seu plano para que a Europa se liberte totalmente da sua dependência relativamente às fontes de energia da Rússia, designadamente carvão, gás e petróleo. Este anúncio de Charles Michel acontece no mesmo dia em que o Conselho da União Europeia adotou o quinto pacote de sanções à Rússia pela sua contínua agressão militar contra a Ucrânia e “atrocidades” cometidas pelo exército russo, que contempla a proibição de importação de carvão, madeira e ‘vodka’.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.626 civis, incluindo 132 crianças, e feriu 2.267, entre os quais 197 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior. A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos. Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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