Ligações fluviais entre Lisboa e Margem Sul com constrangimentos até 6.ª feira devido a greve
A travessia fluvial que liga Cacilhas, Seixal e Montijo à cidade de Lisboa só é possível a partir das 11:00 entre quarta e sexta-feira devido à greve parcial dos trabalhadores da Transtejo, que afeta as horas de ponta.
Hoje, a travessia entre as duas margens iniciou-se a partir das 10:00 no caso do Seixal, Cacilhas e Montijo, e das 09:30 no caso do serviço Trafaria-Belém. A partir de quarta-feira, os primeiros barcos da manhã serão a partir das 11:00 nas ligações do Seixal, Cacilhas e Montijo e Lisboa. Entre os dias 08 e 12 e 16 e 19 deste mês que os trabalhadores estão em greve parcial em cada turno de serviço, o que tem levado à supressão de carreiras em períodos de maior movimento.
Segundo a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), os trabalhadores realizam greves parciais em cada turno de serviço, “pelo facto de a administração/Governo não ter iniciado um efectivo processo de negociação, de modo a discutir as reivindicações sindicais, das quais, além da valorização salarial, consta a melhoria do serviço público”.
Por norma, as ligações fluviais entre as duas margens inicia-se as 06:10 no caso do Seixal, às 05:20 no caso de Cacilhas, às 06:00 no caso do Montijo e às 06:42 no caso da Trafaria. Devido à greve, que se realiza durante os dias de semana desde o dia 08 de agosto, todas as carreiras ao início do serviço e ainda em horas de ponta durante a tarde foram suprimidas, estando as estações encerradas durante esse período por razões de segurança, segundo a empresa.
Carlos Costa, dirigente da Fectrans, explicou em declarações à agência Lusa que a greve realiza-se às três primeiras horas dos turnos da manhã e à tarde são três horas por turno e que não foram decretados serviços mínimos, não existindo assim uma imposição legal para que fossem cumpridos. Segundo a estrutura sindical, “a resolução dos problemas nesta e noutras empresas públicas é uma opção política entre fazer os investimentos necessários para valorizar os trabalhadores e fixá-los, ou optar por responder às exigências dos grupos económicos/financeiros, à custa dos trabalhadores e do serviço público”.
A Fectrans advoga que “só há um conflito laboral porque a administração/Governo opta pelo silêncio e por ignorar os protestos de trabalhadores e utentes”. A empresa, por seu turno, publicou na sua página informações sobre as perturbações de serviço de 16 a 19 de agosto provocadas pela greve parcial e por uma greve ao trabalho suplementar, convocadas por organizações sindicais representativas dos trabalhadores.
Nos avisos, a transportadora dá a indicação das carreiras cuja realização está prevista para cada uma das ligações entre as duas margens, ou seja, entre Lisboa e Cacilhas, Seixal, Montijo e Trafaria. A Transtejo adianta que, a realização, ou não, de carreiras está dependente da adesão à greve. A Transtejo é responsável pela ligação do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão a Lisboa, enquanto a Soflusa faz a travessia entre o Barreiro e o Terreiro do Paço, em Lisboa, sendo esta a única ligação sem constrangimentos previstos.
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