Livre defende adequação entre meios e fins após incidente com Montenegro

O porta-voz do Livre lamentou hoje o incidente que envolveu o presidente do PSD, atingido com tinta verde por um jovem, e defendeu uma adequação entre os fins e os meios no combate pelas causas.

Livre defende adequação entre meios e fins após incidente com Montenegro

“Em primeiro lugar lamento e desejo que não volte a acontecer, que não aconteça a outros candidatos”, afirmou Rui Tavares, que falava em Vila Real.

O dirigente do Livre desejou que a “campanha seja feita sem incidentes, sem nenhum tipo de problemas físicos de nenhum candidato de qualquer partido que seja” e sem “qualquer violação do seu espaço físico ou pessoal”.

“Achamos que toda a gente que é ativista de uma causa, que ama a causa pela qual luta tem também a responsabilidade de pensar sempre sobre a adequação entre os fins e os meios, porque quanto mais ama essa causa mais quer que todos os seus concidadãos sejam atraídos para lutar também por ela”, afirmou à margem de uma ação de campanha na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

O presidente do PSD, Luís Montenegro, foi hoje atingido com tinta verde por um jovem à entrada da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), onde se deslocou em campanha eleitoral.

O jovem foi imediatamente afastado por um agente da PSP e Luis Montenegro reagiu com humor, dizendo: “Estou preparado para tudo”.

Já o presidente do CDS-PP, Nuno Melo, parceiro de coligação do PSD nas listas da AD, que acompanhava Luís Montenegro na visita, considerou tratar-se de um “ato cobarde e infantil”.

Rui Tavares disse que “é bom fazer a pedagogia democrática que este é um momento importante para o país e que as eleições são sagradas e que o esclarecimento dos cidadãos é sagrado”.

Os ativistas do movimento Fim ao Fóssil reivindicaram entretanto a ação em comunicado, argumentando que “nenhum partido tem um plano adequado à realidade climática”.

“Não precisamos de inventar nenhum milagre para conseguir combater as alterações climáticas, nós precisamos de organizar a nossa vida económica e social de forma diferente e de uma forma que, inclusive, é para nossa vantagem”, afirmou o também cabeça de lista do Livre pelo círculo de Lisboa.

Rui Tavares realçou que “a maneira de combater as alterações climáticas é através de um pacto verde como o Livre propõe, um grande plano de investimentos públicos nas energias renováveis, ao mesmo tempo que se continua a preservar a biodiversidade”.

Na campanha para as legislativas antecipadas de 10 de março, o porta-voz do Livre participou num debate sobre o ensino superior na UTAD, onde esteve acompanhado pelas cabeças de lista do partido por Vila Real e Bragança, respetivamente Mila Simões de Abreu e Anabela Correia, almoçando depois na cantina da academia transmontana.

Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar em 10 de março para eleger 230 deputados à Assembleia da República.

A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.

PLI (ARL/FPA)// ACL

By Impala News / Lusa

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