Apesar de só ter sido primeira-ministra durante 45 dias, Liz Truss tem direito a uma pensão vitalícia. Qualquer coisa como 131 mil euros por ano, praticamente 11 mil euros mensais. O subsídio vitalício está previsto na Lei do Reino Unido, no denominado Subsídio de Custos de Serviços Públicos, que é pago pelos contribuintes. Foi implementado apenas em 1991, após a saída de Margaret Thatcher. Foi introduzido para “auxiliar antigo primeiros-ministros ainda activos na vida pública. Os pagamentos são feitos apenas para cobrir o custo real de continuar a cumprir os deveres públicos“, lê-se na explicação oficial.

Qualquer antigo primeiro-ministro tem direito a pedir esta pensão (exceptuando os ex-líderes do Governo que agora são líderes da oposição). O subsídio é reduzido se o antigo primeiro-ministro estiver a exercer outro cargo público. De acordo com o The New York Times, além dos 11 mil euros por mês, cada ex-primeiro-ministro pode pedir outro subsídio de pensão, para contribuir nas despesas com a pensão dos seus colaboradores (máximo de 10% do seu subsídio).

“O legado de Truss é um desastre”

Christine Jardine, do Partido Liberal, mostrou-se desagradada com a situação. Explica que os outrosc antigos primeiro-ministro têm direito uma vez que estiveram no cargo no mínimo dois anos. “O legado de Truss é um desastre económico pelo qual os conservadores estão a fazer com que os contribuintes paguem a conta”, disse. A verdade é que, por lei, Liz Truss tem direito a essa pensão. Ainda assim, não é certo se a vai solicitar.

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