Luís Filipe Vieira vende palheiro por cinco mil euros
A casa para palheiro que tanta polémica suscitou durante a audição de Luís Filipe Vieira na comissão de inquérito parlamentar ao Novo Banco foi, afinal, vendida em 2016.
Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, vendeu à Câmara de Vila Franca de Xira o imóvel com destino a palheiro por cinco mil euros. De acordo com o Correio da Manhã, o negócio foi feito a 22 de dezembro de 2016. O prédio foi revelado por Mariana Mortágua, deputada do BE, durante a audição do presidente da Promovalor na comissão de inquérito parlamentar ao Novo Banco, nesta segunda-feira.
Na caderneta predial urbana que consta no site das Finanças, documento público, o imóvel é descrito como “prédio urbano composto de r/c destinado a palheiro”. O documento indica também a existência de um edifício com uma área de 162 m². A autarquia aprovou a compra do prédio a Vieira a 26 de outubro de 2016. A escritura de compra e vende o imóvel – localizado em Alverca – foi celebrada três dias antes do natal, a 22 de dezembro de 2016.
De acordo com a ata da reunião camarária do de 26 de outubro do mesmo ano, o município adquiriu o imóvel “pelo valor de cinco mil euros, no âmbito da requalificação urbana do Adarse”. Nesse local existe agora um jardim. Na Conservatória do Registo Predial, o prédio ainda está descrito como “casa para palheiro”. Foi esta a descrição do imóvel que Mariana Mortágua disse ser referida em pareceres internos do Fundo de Resolução. Importa referir que esta entidade pública detém 25% do capital do Novo Banco.
«Único bem em seu nome é uma casa para palheiro»
Sendo a Promovalor um dos grandes devedores deste banco, a deputada do Bloco de Esquerda questionou Vieira sobre o seu património. “Pareceres internos do Fundo de Resolução dizem que tem apenas uma casa com destino a palheiro. Qual é o seu valor? O seu património é dado como aval, mas parece que o único bem em seu nome é uma casa para palheiro”. Vieira negou: “Tenho mais do que uma casa, mas não estou a dizer que [o património] é meu ou da minha família, porque não tenho nenhuma incompatibilidade com o Novo Banco”.
A autarquia explicou que fez o negócio com Vieira na sequência de obras de reabilitação realizadas no Adarse, em 2008 e 2009. “Por lapso funcional dos serviços, uma das zonas públicas verdes foi implantada no terreno privado em apreço, que era propriedade privada do senhor Luís Filipe Vieira, mas que os serviços municipais consideraram tratar-se de um terreno baldio, suscetível de poder acolher a construção da mencionada zona verde“.
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