Maioria das empresas coloca descida da taxa do IRC como prioridade fiscal

A maioria das empresas (51%) coloca a descida do IRC no topo das prioridades fiscais, considerando 79% que seria mais vantajoso ter uma taxa de 17% do que manter a atual e os benefícios, revela um inquérito da AIP.

Maioria das empresas coloca descida da taxa do IRC como prioridade fiscal

Estes resultados constam do “Inquérito de Contexto Empresarial” sobre política fiscal, referente ao 4.º trimestre de 2024, elaborado pela Associação Industrial Portuguesa (AIP) e hoje divulgado, produzido a partir das respostas de 523 empresas — das quais 3% e 8% são de grande e média dimensão, respetivamente, 45% de pequena dimensão e 44% microempresas.

A descida do IRC é uma medida defendida por quase todas as empresas (92%), sendo que 64% aponta para uma taxa nominal de 15%.

De acordo com o estudo, três quartos das empresas defende uma aplicação transversal do IRC a todos os setores de atividade económica e a maioria (51%) considera que reduzir o imposto que incide sobre os lucros é uma medida prioritária face à redução da tributação dos prémios de desempenho, das tributações autónomas ou da tributação do trabalho extraordinário.

Podendo escolher, 79% prefeririam uma redução da taxa do imposto para 17% em vez de manter a atual taxa nominal e os 83 benefícios fiscais em sede de IRC.

Segundo o estudo, que foi realizado entre 12 de outubro e 11 de novembro — numa altura em que não tinham ainda sido votadas as várias propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) sobre o IRC — 75% dos inquiridos considera que a progressividade do imposto, sobretudo através da derrama estadual (que incide sobre uma parcela dos lucros, a partir de determinado valor), prejudica o investimento e a competitividade.

O OE2025 determinou uma descida da taxa do IRC de 21% para 20%, sendo esta uma solução mais recuada do que a inicialmente defendida pelo Governo.

LT // MSF

By Impala News / Lusa

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