Mais de 50 detidos neste ano pelo crime de incêndio florestal
Mais de 50 pessoas foram detidas este ano pela GNR pelo crime de incêndio florestal, mais 20 do que em igual período de 2021, revelou hoje o ministro da Administração Interna.
“No ano passado havia cerca de 30 detido por esta altura e este ano temos mais de 50 detidos” por suspeita de de crime de incêndio florestal, precisou José Luís Carneiro na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.
O ministro deu também conta que este ano estão identificados mais de 500 suspeitos por atitudes dolosas em relação à floresta, enquanto em 2021 estavam identificados cerca de 300. “A atuação das autoridades tem resultado”, frisou, sublinhando a outra dimensão que tem a ver com a fiscalização e ações de sensibilização em relação às limpezas dos espaços rurais.
Segundo o governante, a GNR realizou este ano mais de 4.000 ações de sensibilização para a limpeza de terrenos e sobre cuidados a ter nas florestas e sinalizou 11 mil situações de incumprimento, enquanto a PSP realizou 4.369 ações de fiscalização e vigilância. O ministro disse também que existiu, até agora, um cumprimento voluntário de 65% das situações verificadas.
José Luís Carneiro afirmou igualmente que cerca de 60% dos incêndios tem como causa o uso do fogo, 4% com o uso de máquinas em meio rural e 13% correspondem a causas intencionais. O ministro falava depois da deputada do PSD ter acusado o Governo de incompetência e que “não é capaz de tomar medidas” na área dos incêndios.
“Tanto anúncio de prevenção e fiscalização, mas porque é que todo o Portugal está a arder?”, questionou a deputada, considerando que “para o PSD a questão dos incêndios é extremamente importante” e o Governo “não tem conseguido resolver os problemas que estão associados aos incêndios avassaladores”. José Luís Carneiro negou esta afirmação da deputada do PSD de que o país esteja a arder.
Siga a Impala no Instagram