Manifestações contra Macron juntam 250 mil pessoas

As manifestações contra a política do presidente francês, Emmanuel Macron, juntaram 250 mil pessoas em todo o país, informou a confederação sindical CGT, referindo-se aos protestos organizados por sessenta sindicatos, partidos de esquerda e associações.

Manifestações contra Macron juntam 250 mil pessoas

As manifestações contra a política do presidente francês, Emmanuel Macron, juntaram 250 mil pessoas em todo o país, informou a confederação sindical CGT, referindo-se aos protestos organizados por sessenta sindicatos, partidos de esquerda e associações.

Em Paris, a CGT contabilizou 80 mil manifestantes, enquanto a polícia registou 21 mil, uma participação menor em relação ao protesto organizado no passado dia 5, quando os organizadores deram conta de 100 mil manifestantes em Paris, e a polícia 40 mil.

Ao início da tarde, a agência France Presse relatava que milhares de pessoas começavam a desfilar na zona leste de Paris, assim como em várias cidades do país.

Na manifestação na capital, o líder da CGT, Philippe Martinez, sugeriu a Macron para “olhar pela janela do seu palácio para ver a vida real”.

Foram mobilizados 1.500 polícias para Paris e foram detidas 35 pessoas antes e depois da marcha, com as forças de segurança a encontrar nas revistas objetos que podiam provocar danos ou possibilitar cobrir as caras.

Nas anteriores manifestações pessoas não ligadas à organização provocaram danos

Na sexta-feira, em São Petersburgo, na Rússia, garantiu que não queria presidir “à luz de sondagens ou manifestações” porque “já se fez muito”.

No início do mês, quando passou um ano sobre a eleição de Macron, uma sondagem BVA para a rádio RTL notava que quase seis em cada dez franceses (57%) se diziam insatisfeitos com a sua política.

O resultado era melhor do que os dos antecessores François Hollande e Nicolas Sarkozy, mas pior que os de Jacques Chirac e François Miterrand, representando uma perda de 20 pontos percentuais num ano.

Entre as qualidades reconhecidas a Macron, os inquiridos citavam especialmente as “convicções profundas”, a “autoridade” e “estatura presidencial”. Entre os defeitos, que é “pouco unificador” e pouco “próximo das pessoas”.

“Se há um ponto que une os franceses, é que o presidente age. O que os divide é a sua ação”, resumiu na altura o especialista em sondagens Jean-Daniel Lévy, da empresa de pesquisa de mercado Harris Interactive, à agência France-Presse.

Emmanuel Macron, 40 anos, venceu as eleições de 07 de maio de 2017 com 64% dos votos, no contexto particular de uma segunda volta disputada com a líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen.

O programa político, que definiu como “nem de esquerda nem de direita”, assenta na liberalização do modelo económico francês, na refundação da unidade europeia e na reedificação da posição de França no mundo.

Ao fim de um ano no poder, Macron tem enfrentado contestação social e numerosas greves nos transportes.

 

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